Ministro da Ciência é a favor de vacinação obrigatória: “Não tem problema”
Marcos Pontes afirmou que a aplicação dos imunizantes só deve ocorrer quando as doses foram devidamente testadas
atualizado
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Ao ser questionado sobre vacinação, o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, afirmou que é a favor da imunização obrigatória, desde que as doses tenham sido testadas e tenham eficácia comprovada.
A fala foi dada nesta quarta-feira (21/10) em inauguração de linha de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP).
“Pessoalmente, acho que se tem algo que é testado, provado, que passou por todos os testes, então tudo bem, não tem problema nenhum”, afirmou Pontes.
O ministro usou como exemplo a vacinação obrigatória no caso da BCG, aplicada em recém-nascidos do país. Pontes, no entanto, defendeu que é contra “obrigar uma pessoa a testar” uma eventual vacina, como ocorre com voluntários a imunizantes do novo coronavírus.
Bolsonaro pensa diferente
A fala destoa do que defende o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Na segunda-feira (19/10), o mandatário do país afirmou que a vacinação contra Covid-19, no Brasil, “não será obrigatória e ponto final“. O chefe do Executivo reforçou que a decisão cabe a ele e ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
Sem citar o nome do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o qual afirmou que tornará obrigatório o imunizante contra a Covid-19 para a população do estado, Bolsonaro disse que o tucano “está se intitulando o médico do Brasil”.
“Tem um governador aí que está se intitulando o médico do Brasil, dizendo que ela será obrigatória. Repito que não será”, afirmou o mandatário do país.
Segundo Bolsonaro, somente quando houver comprovação científica e a vacina for autorizada pela Anvisa e aprovada pelo Ministério da Saúde, o imunizante será oferecido ao Brasil, de forma gratuita.