metropoles.com

Ministra diz que Bolsonaro passou mal “porque ele trabalha muito”

Presidente passou a noite no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, após sentir desconforto na região abdominal

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafael Carvalho / Divulgação
Jair Bolsonaro e Tereza Cristina
1 de 1 Jair Bolsonaro e Tereza Cristina - Foto: Rafael Carvalho / Divulgação

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse nesta terça-feira (29/3) que o presidente Jair Bolsonaro (PL) passou mal no dia anterior “porque ele trabalha muito”.

O chefe do Executivo federal passou a noite no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, após se sentir mal na segunda-feira (28/3). Ele teve desconforto na região abdominal, recebeu atendimento inicial de médicos da equipe presidencial e, logo depois, foi levado ao hospital militar para realizar exames.

Mesmo após a internação, Bolsonaro viajou a Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, para entregar títulos de propriedade rural ao lado da ministra Tereza Cristina.

“O presidente, ontem, não se sentiu bem, porque ele trabalha muito. E mesmo assim ele saiu do hospital, e quando eu liguei ontem à noite, preocupada, porque vi na imprensa nacional que o presidente tinha ido para o hospital, eu falei: ‘Ai meu deus. Amanhã nós não vamos ter Mato Grosso do Sul. Tem uma bela festa lá esperando'”, afirmou Tereza.

“E eu sabia da vontade dele de estar aqui. Mas eu liguei para o Célio [Faria Júnior, assessor pessoal do presidente] e o Celio falou: ‘Não. Está tudo bem. Tudo mantido. Amanhã de manhã ele vai’. O médico acho que não sabe, mas ele [Bolsonaro] está aqui”, acrescentou.

Em seu discurso, o presidente disse que era uma satisfação estar na região de Mato Grosso do Sul e que apesar de ter tido uma noite “mal dormida”, terá um dia “bem ativo” em Ponta Porã.

As suspeitas dos médicos eram de novo quadro de obstrução intestinal, que já o acometeu em outras ocasiões por causa da facada que recebeu em 2018. Ainda não foi divulgada nota oficial sobre o estado de saúde do presidente, mas o ministro das Comunicações, Fábio Faria, que confirmou a alta, disse que Bolsonaro está “super bem”.

Bolsonaro deixou o hospital por volta das 6h30 e o comboio presidencial se dirigiu à residência oficial, o Palácio da Alvorada. Antes das 9h, o presidente se dirigiu à Base Aérea de Brasília para a agenda em Mato Grosso do Sul.

Seis cirurgias

Desde que sofreu um atentado a faca na campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro foi submetido a seis cirurgias. Duas delas não tiveram relação com a facada: uma vasectomia e uma retirada de cálculo na bexiga.

Em janeiro deste ano, Bolsonaro divulgou uma foto com sonda nasogástrica após ser internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo. Na ocasião, o presidente interrompeu as férias no litoral catarinense e deu entrada no hospital na capital paulista, onde já ficou internado em outras ocasiões.

Após alguns dias de internação, ele recebeu alta hospitalar sem a necessidade de procedimento cirúrgico.

7 imagens
A primeira ocorreu em 6 de setembro, mesmo dia em que sofreu o atentado. Ele foi levado ao hospital às pressas para tratar lesões que a facada causou no intestino. Na ocasião, precisou colocar uma bolsa de colostomia
Dois dias após a primeira cirurgia, Bolsonaro foi transferido para outro hospital e, em 12 de setembro de 2018, submetido a um segundo procedimento para desobstruir as paredes do intestino delgado
Em 28 de janeiro de 2019, logo após tomar posso como presidente da República, Bolsonaro precisou realizar uma terceira cirurgia para retirar a bolsa de colostomia e reconstruir o trânsito intestinal
No dia 8 de setembro de 2019, o presidente passou por outro procedimento para corrigir uma hérnia incisional no abdômen. O problema foi causado pelos diversos procedimentos decorrentes da facada
Em setembro de 2020, Bolsonaro realizou uma cistolitotripsia endoscópica para retirar um cálculo renal. Diferentemente dos outros procedimentos, esse foi menos invasivo
1 de 7

Após ser esfaqueado na barriga por Adélio Bispo, durante encontro com apoiadores, em setembro de 2018, Bolsonaro já precisou passar por seis cirurgias - quatro relacionadas ao ataque - em menos de quatro anos

Rafaela Felicciano/Metrópoles
2 de 7

A primeira ocorreu em 6 de setembro, mesmo dia em que sofreu o atentado. Ele foi levado ao hospital às pressas para tratar lesões que a facada causou no intestino. Na ocasião, precisou colocar uma bolsa de colostomia

Reprodução
3 de 7

Dois dias após a primeira cirurgia, Bolsonaro foi transferido para outro hospital e, em 12 de setembro de 2018, submetido a um segundo procedimento para desobstruir as paredes do intestino delgado

Reprodução
4 de 7

Em 28 de janeiro de 2019, logo após tomar posso como presidente da República, Bolsonaro precisou realizar uma terceira cirurgia para retirar a bolsa de colostomia e reconstruir o trânsito intestinal

Reprodução/Twitter
5 de 7

No dia 8 de setembro de 2019, o presidente passou por outro procedimento para corrigir uma hérnia incisional no abdômen. O problema foi causado pelos diversos procedimentos decorrentes da facada

Reprodução/Instagram
6 de 7

Em setembro de 2020, Bolsonaro realizou uma cistolitotripsia endoscópica para retirar um cálculo renal. Diferentemente dos outros procedimentos, esse foi menos invasivo

Rafaela Felicciano/ Metrópoles
7 de 7

No dia 3 de julho de 2021, o presidente foi submetido a mais uma cirurgia. Dessa vez, o procedimento foi para realizar um implante dentário. Dias depois, o presidente reclamou de estar com soluços constantes e chegou a ser internado, mas não precisou de nenhuma intervenção cirúrgica

Fábio Vieira/Metrópoles

Histórico de cirurgias

Procedimentos relacionados à facada:

  • 6 de setembro de 2018: Após a facada, Bolsonaro fez primeira cirurgia na Santa Casa de Juiz de Fora (MG). Ele teve lesões nos intestinos delgado e grosso e passou por uma cirurgia que durou cerca de 2 horas. O intestino foi ligado a uma bolsa de colostomia.
  • 12 de setembro de 2018: Em São Paulo, Bolsonaro passou por uma segunda cirurgia, considerada de emergência, para reparar uma obstrução no intestino. O procedimento durou cerca de 1 hora e foi considerado bem-sucedido.
  • 28 de janeiro de 2019: Já na Presidência da República, Bolsonaro realizou cirurgia para retirada da bolsa de colostomia colocada após facada. Foram retirados de 20 a 30 centímetros do intestino grosso de Bolsonaro na parte que ligava o intestino delgado à bolsa de colostomia.
  • 8 de setembro de 2019: Para corrigir uma hérnia na cicatriz de uma operação anterior, Bolsonaro foi submetido a uma nova cirurgia. A hérnia ocorreu em razão das últimas três cirurgias. O procedimento, considerado de médio porte.

Procedimentos não-relacionados à facada:

  • 30 de janeiro de 2020: Bolsonaro fez uma vasectomia, procedimento médico de esterilização para homens que não desejam ter mais filhos biológicos, no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília.
  • 25 de setembro de 2020: Presidente foi submetido a uma cirurgia para a retirada de pedra na bexiga, no Hospital Albert Einstein, zona sul de São Paulo.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?