Ministério diz que saída de Bento Albuquerque foi “consensual”
Demissão ocorre após sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis e críticas de Bolsonaro à Petrobras. Sachsida assume pasta
atualizado
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Em comunicado à imprensa, o Ministério de Minas e Energia declarou que a saída de Bento Albuquerque do governo foi uma “decisão de caráter pessoal e consensual”. Na manhã desta quarta-feira (11/5), o presidente Jair Bolsonaro (PL) exonerou Albuquerque da pasta e nomeou Adolfo Sachsida para o cargo.
A troca ocorre após as recentes críticas do presidente à política de preços da Petrobras e um dia depois do aumento do preço do diesel.
“O ex-ministro Bento Albuquerque participa [informa] que a decisão de deixar o Ministério de Minas e Energia foi de caráter pessoal e tomada em reunião entre ele e o presidente [Jair Bolsonaro] de forma consensual. Por fim, agradece a oportunidade e que se orgulha de ter participado do governo do presidente Bolsonaro e, que continua a contar com a sua lealdade, respeito e amizade”, comunicou a pasta federal.
Bolsonaro tem feito críticas recorrentes à Petrobras e aos diretores da estatal. Em março deste ano, por exemplo, cobrou o ministro Bento Albuquerque publicamente, após mais um reajuste no preço dos combustíveis.
“Vocês, ministro Bento Albuquerque e senhor José Mauro da Petrobras, não podem aumentar o preço do diesel. Não estou apelando, estou fazendo uma constatação levando-se em conta o lucro abusivo que vocês têm. Vocês não podem quebrar o Brasil. É um apelo agora: Petrobras, não quebre o Brasil, não aumente o preço do petróleo. Eu não posso intervir. Vocês têm lucro, têm gordura e têm o papel social da Petrobras definido na Constituição”, assinalou o mandatário.
O almirante Bento Albuquerque era ministro de Minas e Energia desde o início do mandato de Bolsonaro como presidente, em 2019. É o terceiro nome a ser trocado por causa da insatisfação do chefe do Executivo federal com o aumento de preços de combustíveis e a pressão de apoiadores.
Em fevereiro deste ano, o então presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, que estava no cargo desde o início do governo, foi demitido. Em março, o substituto de Castello Branco, o general Joaquim Silva e Luna, também foi dispensado.
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