Ministério da Saúde prepara estudo sobre fim do uso de máscara
Chefe da pasta, Marcelo Queiroga voltou a defender a medida. “Meu objetivo, se dependesse de mim, [seria] hoje, mas aí depende do cenário”
atualizado
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a defender o fim da obrigatorieade no uso de máscaras, mas não fixou um prazo, como pediu o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Segundo o ministro, a pasta elabora um estudo para indicar quando o item, considerado um dos principais mecanismos de prevenção da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, terá a obrigatoriedade descontinuada.
“[O estudo] Está caminhando. A prioridade é vacinar a população brasileira e a medida que nós temos uma melhora do cenário epidemiológico todos nós ficaremos sem máscaras”, explicou, sem dar detalhes.
Queiroga se mostrou entusiasmado com o fim da obrigatoriedade. “Meu objetivo, se dependesse de mim, [seria] hoje, mas aí depende do cenário epidemiológico. Nesse momento a nossa atenção é voltada em relação a variante Delta“, frisou.
Queiroga reclamou das multas aplicadas por governos estaduais para aqueles que não usam máscara. Bolsonaro, por exemplo, já foi multado em São Paulo.
“Eu já deixei claro que somos contra essa indústria de multas. Que, aliás, não está resultando em grande dinheiro não porque essa essa coisa é voltada pra uma pessoa específica, não vale também”, ponderou.
Desprezadas por Bolsonaro
Na terça-feira (24/8), o presidente Bolsonaro voltou a criticar o uso de máscaras. Agora, ele quer que Queiroga fixe um prazo para o fim da obrigatoriedade do item no país.
A comunidade médico-científica é unânime ao defender o uso do mecanismo de proteção. Países como Estados Unidos e Israel, por exemplo, liberaram a circulação de pessoas vacinadas sem máscara em espaços abertos. Entretanto, recuaram na decisão.
O presidente Bolsonaro voltou a defender recentemente o uso facultativo do item. É comum ver o chefe do Executivo sem máscara durante as cerimônias realizadas no Palácio do Planalto.
“Já vacinamos bem mais da metade da população acima de 18 anos, a população adulta. Estamos na iminência de ouvir o Ministério da Saúde e não mais tornar obrigatório o uso de máscara, sugerir que o uso de máscara passe a ser opcional. Nenhum governador comprou uma dose [da vacina] sequer”, disse o chefe do Executivo em entrevista à Rádio Farol, de Alagoas.