Ministério da Saúde diz que vacina contra Covid-19 não será obrigatória
Entendimento é o mesmo adotado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). País tem queda de braço sobre obrigatoriedade do imunizante
atualizado
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O secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, informou na manhã desta quarta-feira (21/10) que, a depender da pasta, a vacina contra o novo coronavírus não será obrigatória para a população brasileira.
“Quando qualquer vacina estiver disponível, certificada pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] e adquirida pelo Ministério da Saúde, ela será oferecida aos brasileiros por meio do PNI e, no que depender desta pasta, não será obrigatória”, pontuou.
A afirmação está em sintonia com entendimento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que entrou em uma nova disputa política contra o governador João Doria (PSDB) sobre a obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19.
“O meu ministro da Saúde já disse claramente que não será obrigatória esta vacina e ponto final”, disse Bolsonaro, nessa segunda-feira (19/10), a apoiadores na entrada do Palácio do Planalto.
Doria, por sua vez, tem reforçado que a vacinação será obrigatória no estado caso seja aprovada pela Agência de Vigilância Sanitária.
Elcio Franco disse que não existe qualquer intenção de compra da vacina chinesa, a CoronaVac, pelo governo federal e que não houve compromisso com o governo de São Paulo para a aquisição de vacinas contra Covid-19.
Nessa terça-feira (20/10), no entanto, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, anunciou, em conversa com governadores, a intenção de adquirir 46 milhões de doses da vacina.
O imunizante é desenvolvido pelo Instituto Butantan, em parceria com a indústria farmacêutica chinesa Sinovac Live Science. Eduardo Pazuello destacou, porém, que a vacina “será do Brasil”.