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Militares repreendem Mourão por declarações polêmicas

Em uma palestra em São Paulo, general da reserva usou o termo “mulambada” para se referir a parceiros do Brasil na política externa

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1 de 1 GeneralMourão03-e1446200590662 - Foto: Reprodução

O general da reserva Antônio Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice de Jair Bolsonaro (PSL), foi repreendido nesta terça-feira (18/9) por militares de seu entorno em razão de declarações dadas nos últimos dias. O entendimento de generais participantes da campanha é de que as falas de Mourão prejudicam a candidatura. As informações são do jornal O Globo desta terça.

Bolsonaro está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, depois de sofrer um atentado em Juiz Fora (MG) no último dia 6. O presidenciável está fora da campanha nas ruas e deixou de participar até mesmo da mobilização nas redes sociais, devido ao seu grave estado de saúde. Neste contexto, Mourão ganhou mais protagonismo e deu declarações que acenderam o sinal amarelo em grupos de suporte à candidatura.

Em uma palestra ontem (17) em São Paulo, para integrantes do Secovi-SP, sindicato do mercado imobiliário, Mourão usou o termo “mulambada” para se referir a parceiros do Brasil na política externa com países do Hemisfério Sul empreendida nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o vice de Bolsonaro, “nós nos ligamos com toda a ‘mulambada’, me perdoem o termo, do lado de lá e de cá do oceano, na diplomacia Sul–Sul”.

No mesmo discurso, Mourão disse que famílias nas quais mães e avós criam os filhos, em áreas carentes, acabam virando “fábrica de elementos desajustados que tendem a ingressar nessas narco-quadrilhas”. As declarações provocaram uma forte reação contra o vice de Bolsonaro, inclusive em seu próprio entorno.

Logo após as afirmações e a imediata repercussão negativa, Mourão recebeu ligações de generais de grupos de suporte à campanha de Bolsonaro. Ouviu ser “totalmente desnecessária” a fala com referência à “mulambada”. O vice reclamou: “Hoje, não se pode dizer mais nada”.

“As declarações não agregam valor a uma campanha. São brincadeiras que não fazem bem. Se seguir assim, vai prejudicar toda essa gente envolvida na campanha”, disse um militar aliado de Mourão, muito próximo a ele.

No entendimento desses generais aliados, só uma “catástrofe” tira Bolsonaro do segundo turno. Mas, na visão deles, é preciso ter “equilíbrio” nestes menos de 20 dias de campanha até o primeiro turno, em 7 de outubro. “Vamos perder para nós mesmos?”, questionou um aliado do general.

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