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Militares que ganharam R$ 600 serão identificados e punidos, diz Bolsonaro

Segundo o presidente, eles terão de devolver o dinheiro. O benefício é direcionado a pessoas sem renda fixa e autônomos

atualizado

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1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou nesta quarta-feira (13/05) que os militares que receberam o auxílio emergencial do governo — no valor de R$ 600 — vão ser obrigados a devolver o dinheiro e serão punidos. A medida do governo federal é direcionada a autônomos e pessoas sem renda fixa em meio à pandemia de coronavírus.

“Não fala militar, é o praça prestador do serviço militar inicial. Mais ou menos 3% da garotada que presta o serviço militar obrigatório. São pessoas oriundas das classes mais humildes da população, são os mais pobres. Estão servindo o Exército, Marinha e Aeronáutica no corrente ano e alguns se inscreveram. Como ano passado, filho de pobre, sem renda, acabaram recebendo”, explicou.

“Agora, quando acontece coisa errada no nosso meio militar, o ‘bicho pega’. Estão sendo identificados, vão pagar, vão devolver o dinheiro e vão pegar uma punição disciplinar”, indicou.

Empregados das Forças Armadas, os militares não podem estar entre os beneficiários previstos na Lei Federal nº 13.982/2020, que instituiu a ajuda.

O próprio Ministério da Defesa assumiu que a situação pode ter ocorrido. Em nota, a pasta “informa que foi identificada, com o apoio do Ministério da Cidadania, a possibilidade de recebimento indevido de valores referentes ao auxílio emergencial concedido pelo governo federal no período de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, por integrantes da folha de pagamentos deste ministério”.

Segundo Bolsonaro, investigações serão feitas e, caso os valores tenham sido recebidos indevidamente, os militares serão punidos com processo disciplinar.

Contas de técnicos ligados ao Ministério da Saúde mostram que até 189.695 militares teriam recebido o pagamento — o total do montante teria chegado a R$ 113.816.990,00. Ou seja, R$ 600 para cada. Os dados foram apresentados pela reportagem ao Ministério da Cidadania, que não se pronunciou sobre o caso.

Atualmente, o efetivo das Forças Armadas brasileiras é de cerca de 400 mil militares. Isso significa que quase metade dos integrantes teria embolsado o valor indevidamente.

 

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