metropoles.com

Militantes pró e contra impeachment trocam Esplanada pela internet

A quarta-feira (31/8) que deve sacramentar o fim da Era Dilma não terá nem de longe o público das manifestações recentes na Esplanada. Em abril, 100 mil pessoas chegaram a lotar a área próxima ao Congresso. Hoje, o conflito deixou o centro de Brasília e tomou conta da web

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
dilma plenário
1 de 1 dilma plenário - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Nos últimos anos, o Brasil foi palco de centenas de protestos que levaram milhões de pessoas às ruas. Tudo começou em 2013, com as chamadas Jornadas de Junho, que contestavam o aumento de R$ 0,20 na tarifa do transporte público em São Paulo. Os atos se espalharam pelo país, ganharam novas bandeiras — em especial, contra a corrupção — e convergiram em dois polos antagônicos a partir de 2015. Um deles pedia a saída da presidente Dilma Rousseff. O outro saía em defesa da gestão petista.

Nesta quarta-feira (31/8), passados 2.069 dias desde que Dilma subiu a rampa do Palácio do Planalto pela primeira vez, milhares de pessoas ocuparão as avenidas brasileiras para protestar contra ou a favor do impeachment, que terá seu capítulo final escrito no Senado. E Brasília, que foi palco de manifestações históricas, estará tomada de gente, certo? Errado. A batalha campal por aqui evaporou do terreno físico e se condensou no virtual.

Contrariando o histórico recente e a expectativa das forças de segurança, que voltaram a erguer um muro para dividir a Esplanada dos Ministérios em duas, o público que passou por lá para acompanhar o julgamento em curso no Senado foi modesto. Na noite de terça-feira (30), por exemplo, a Polícia Militar contabilizou modestos 50 manifestantes do lado pró-Dilma, contra 20 da parte favorável ao impeachment.

Nesta quarta (31), é esperado movimento maior, mas ainda assim longe dos 100 mil que lotaram a área próxima ao Congresso em 13 de março deste ano. Hoje, quando o voto “sim” de pelo menos 54 senadores pode decretar o fim da Era Dilma, esses militantes centram força na internet. As redes sociais se tornaram o megafone de coxinhas e mortadelas.

Arte/Metrópoles

Nos dois lados da disputa, perfis famosos e celebridades viraram os líderes do debate. Entre os apoiadores da petista, o humorístico Dilma Bolada é constantemente citado, principalmente quando utiliza ironias contra os pró-impeachment.

Entre os apoiadores do impeachment, a referência é o grupo Movimento Brasil Livre (MBL), que organizou diversas manifestações a favor do afastamento de Dilma Rousseff.

As celebridades também participaram do debate.

 

No Twitter, também é possível ver um duelo de narrativas. Apoiadores da presidente, que se dizem vítimas de um golpe, postam afirmando que defendem a democracia.


O outro lado usa a hashtag #TchauQuerida, em referência às gravações dos diálogos entre Lula e Dilma. Lá, os tuiteiros tentam provar que não há um golpe em curso. Memes e ironias sobre o governo petista são postados à exaustão.


Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?