Microcefalia é o ‘problema número 1’ no país hoje, diz ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou nesta terça-feira (8/12) que a situação da doença é gravíssima e garantiu que não faltarão recursos para combater a doença
atualizado
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O ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou nesta terça-feira (8/12) que os 1.761 casos de microcefalia registrados no país são gravíssimos e garantiu que não faltarão recursos para combater a doença. “Este é o problema número 1 que o Brasil tem hoje. Não há problema mais grave do que a microcefalia”, afirmou. “É a primeira vez que ocorre na humanidade (a correlação de zika com a malformação fetal). Estamos aprendendo agora”, disse.
Ele participou do lançamento da campanha “10 minutos salvam vidas”, da secretaria de Estado de Saúde fluminense, para incentivar a população a eliminar criadouros de mosquito Aedes aegypti. Além de dengue, o inseto é responsável por transmitir o vírus zika e a chikungunya.O ministro ressaltou a importância de as mulheres em idade fértil reforçarem cuidados para evitar a contaminação pelo mosquito. O ministro não detalhou os recursos disponíveis nem como serão empregados.
Casos
O boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde registrou, até 5 de dezembro de 2015, 1.761 casos suspeitos de microcefalia, em 422 municípios de 14 unidades da federação. Neste período, o estado de Pernambuco registrou o maior número de casos (804). Em seguida estão os estados de Paraíba (316), Bahia (180), Rio Grande do Norte (106), Sergipe (96), Alagoas (81), Ceará (40), Maranhão (37), Piauí (36), Tocantins (29), Rio de Janeiro (23), Mato Grosso do Sul (9), Goiás (3) e Distrito Federal (1).
Entre o total de casos, foram notificados 19 óbitos, nos estados do Rio Grande do Norte (7), Sergipe (4), Rio de Janeiro (2), Maranhão (1), Bahia (2), Ceará (1), Paraíba (1) e Piauí (1). As mortes foram de bebês com microcefalia e suspeita de infecção pelo vírus Zika. Os casos ainda estão em investigação para confirmar a causa dos óbitos.
Protocolo
O Ministério da Saúde elaborou um protocolo emergencial de vigilância e resposta aos casos de microcefalia relacionados à infecção pelo Zika. O objetivo do protocolo é passar informações, orientações técnicas e diretrizes aos profissionais de saúde e equipes de vigilância. O material foi elaborado a partir das discussões entre o Ministério da Saúde e especialistas de diversas áreas da medicina, epidemiologia, estatística, geografia, laboratório, além de representantes das Secretarias de Saúde de Estados e Municípios afetados.
O protocolo contém orientações como a definição de casos suspeitos de microcefalia durante a gestação, caso suspeito durante o parto ou após o nascimento, critérios para exclusão de casos suspeitos, sistema de notificação e investigação laboratorial. Além disso, há orientações sobre como deve ser feita a investigação epidemiológica, dos casos suspeitos e sobre o monitoramento e análise dos dados. Por fim, o protocolo traz informações sobre o reforço do combate ao mosquito Aedes aegypti.
Com informações da Agência Estado e do Ministério da Saúde