Metrópoles lança série de sabatinas com candidatos a vice-presidente
Entrevistas começam às 13h15 desta quarta-feira (26) e podem ser acompanhadas também nas redes sociais do portal
atualizado
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Com o objetivo de fornecer aos brasileiros o máximo de informações que contribuam na hora de decidir o voto nas Eleições 2018, o Metrópoles inaugura nesta quarta-feira (26/9) mais uma iniciativa inédita. Depois de entrevistas com pré-candidatos e postulantes confirmados à Presidência da República, agora, o portal de notícias realiza série de sabatinas com os candidatos a vice-presidente da República.
O desafio de dar voz aos vice-presidenciáveis foi assumido em parceria com a Articulação de Carreiras Públicas para o Desenvolvimento Sustentável (Arca), entidade que reúne 12 instituições representativas dos servidores de carreiras da administração direta e indireta. As entrevistas podem ser acompanhadas, ao vivo, a partir das 13h15 desta quarta-feira (26), no site, e pelas redes sociais do Metrópoles: Facebook, Twitter e YouTube.
Buscamos contribuir com a discussão sobre as políticas públicas que nós, como servidores públicos, conhecemos e ajudamos a desenvolver. A questão central é saber dos candidatos como o Estado deve se estruturar para empreender um projeto de desenvolvimento sustentável com o objetivo de reduzir desigualdades
Leandro Couto, presidente da Assecor, entidade articulada à Arca
Integram a Arca o Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN) e as associações dos Funcionários do BNDES (Afbndes); dos Funcionários do Ipea (Afipea); Latino-Americana de Juízes do Trabalho (Aljt); Nacional da Carreira de Desenvolvimento de Políticas Sociais (Andeps); Nacional dos Servidores Ambientais (Ascema); dos Servidores do CNPq (Ascon); Nacional dos Servidores do MCTIC (Asct); dos Servidores do Ministério da Cultura (AsMinc); Nacional dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento (Assecor); Indigenistas Associados (INA) e Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon).
Entre os temas sugeridos pelas entidades e que serão abordados com os candidatos, estão o próprio financiamento do Estado e da infraestrutura necessária ao desenvolvimento do país, reforma da Previdência, gestão territorial, saúde, educação, reforma trabalhista, matriz energética e redução das desigualdades.
Confira a ordem das sabatinas e os perfis dos vice-presidenciáveis que participarão da iniciativa:
Quarta-feira, 26/9
13h15 – Germano Rigoto, vice de Henrique Meirelles (MDB)
O ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto é vice na chapa presidencial “puro-sangue” emedebista encabeçada por Henrique Meirelles. O candidato tem 69 anos, é cirurgião-dentista e advogado. Foi eleito governador do Rio Grande do Sul em 2003. Tentou a reeleição em 2006, mas perdeu ainda no primeiro turno.
De perfil mais neoliberal, o ex-governador gaúcho é especialista em sistema tributário e foi presidente da Comissão de Reforma Tributária da Câmara. Nos últimos anos fez críticas à equipe econômica do governo Temer por considerar não haver o desejo de se implementar uma reforma tributária estrutural. Para Rigotto, o sucesso de uma reforma tributária no Brasil depende do apoio do Poder Executivo federal e de um longo período de transição entre o modelo atual e o desejado.
14h – Sônia Guajajara, vice de Guilherme Boulos (PSol)
Sônia Bone de Souza Silva Santos tem 44 anos e é da tribo Guajajara/Tentehar, que habita as matas da Terra Indígena Arariboia, no sudoeste do Maranhão. Formada em letras e enfermagem, ela é pós-graduada em educação especial. A base de sua militância é o meio-ambiente e começou nas organizações e articulações dos povos indígenas no Maranhão (Coapima).
Guajajara tem voz no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) e já levou denúncias às Conferências Mundiais do Clima (COP) de 2009 a 2017, além do Parlamento Europeu, entre outros órgãos e instâncias internacionais. Em 2010, entregou o prêmio Motosserra de Ouro para Kátia Abreu, vice de Ciro Gomes (PDT) e então ministra da Agricultura, em protesto contra as alterações no Código Florestal brasileiro.
14h45 – Ana Amélia, vice de Geraldo Alckmin (PSDB)
Senadora pelo Rio Grande do Sul, Ana Amélia, 73 anos, trabalhou durante quase toda a vida como jornalista, dedicada especialmente à cobertura do agronegócio. Ela integra a bancada ruralista do Congresso Nacional e é uma das principais representantes do setor, mas se autointitula combatente da corrupção e pró-saúde da mulher. Foi escolhida por Alckmin como uma tentativa de recuperar votos “roubados” pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) das alas mais conservadoras.
A parlamentar defendeu firmemente o impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016, e tem um histórico de embates com outros petistas. Em abril, trocou acusações com a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, por conta de uma gravação da paranaense à emissora de TV Al-Jazeera, a favor de uma campanha internacional pela liberdade do ex-presidente Lula, condenado e preso na Lava Jato.
15h30 – Eduardo Jorge, vice de Marina Silva (Rede)
Eduardo Jorge participou da fundação do PT na década de 1980 e foi deputado federal constituinte: exerceu quatro mandatos na Câmara federal. Nas gestões das ex-prefeitas de São Paulo Luiza Erundina e Martha Suplicy, quando ambas eram das fileiras petistas, foi secretário de Saúde.
Dirigente do PT por 20 anos, deixou a sigla por “ter perdido a confiança” nos outros líderes petistas. Em 2002, Jorge filiou-se ao PV. Foi secretário do Verde e do Meio Ambiente nas gestões de José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (à época no DEM), na Prefeitura de São Paulo. Em 2014, disputou a Presidência da República.
Sexta-feira, 28/9
Manuela D’Ávila, vice de Fernando Haddad (PT) – horário ainda a ser confirmado
Natural de Porto Alegre (RS), Manuela D’Ávila tem 37 anos e desde os 20 é filiada ao PCdoB. Sua vida política teve início na década de 90, no movimento estudantil. Dirigiu a União da Juventude Socialista (UJS), organização ligada ao partido, e foi vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). É filha de uma desembargadora e de um engenheiro e professor universitário. Formada em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), cursou ciências sociais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mas não concluiu o curso.
Com 23 anos, foi eleita vereadora de Porto Alegre, em 2004. Dois anos depois, foi a deputada federal mais votada no Rio Grande do Sul. Em 2010, se reelegeu para o cargo. Em 2014, tornou-se deputada estadual, também com recorde de votos.
Domingo (30/9)
11h – Kátia Abreu, vice de Ciro Gomes (PDT)
Psicóloga de formação e empresária agropecuarista, Kátia Abreu é senadora pelo PDT de Tocantins e tem 56 anos. Foi ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento durante o segundo governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Ferrenha defensora da inocência da petista, lutou contra seu impeachment.
O PDT é seu sexto partido: antes ela passou pelo PPB, PFL, DEM, PSD e MDB, do qual foi expulsa após críticas contra o presidente Michel Temer e o então presidente nacional da sigla, senador Romero Jucá. Concorreu, sem sucesso, ao governo do Tocantins em uma eleição suplementar em junho de 2018.