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Durante a pandemia, Senado já gastou ao menos R$ 437 mil em passagens

Valor, contudo, ainda pode crescer, visto que senadores têm até 90 dias para pedir ressarcimento de despesas. Em relação a 2019, número caiu

atualizado

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1 de 1 Avião no ar - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Apesar das medidas de isolamento estarem sendo adotadas nacionalmente desde março, o Senado Federal desembolsou pelo menos R$ 437 mil desde então para ressarcir passagens aéreas dos parlamentares durante o período de quarentena. O valor compreende aquilo que já foi declarado e ressarcido em março, abril e maio e considera os dados do Portal de Transparência da Casa.

A maior parte deste valor, R$418,6 mil, foi paga em março, quando apenas metade do mês contou com sessões presenciais. Em abril, foram no mínimo R$ 14 mil, somados a R$ 4,3 mil no mês subsequente — cabe ressaltar, contudo, que senadores têm prazo de até três meses para pedir ressarcimento de despesas e que o valor ainda não está, portanto, fechado.

Em comparação com o mesmo período do ano passado, o valor caiu: de março a maio de 2019, foram gastos, com passagens, mais de R$ 1,9 milhões — R$ 531 mil em março, R$ 641,6 mil em abril e R$ 756 mil no mês seguinte.

Por enquanto, já pediram ressarcimento em abril e maio os senadores Marcos Rogério (DEM-RO), de R$ 3,1 mil; Álvaro Dias (Pode-PR), de R$ 835; Jorginho Mello (PL-SC), de R$ 1,19 mil; Romário (Pode-RJ), de R$ 2,9 mil; Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), de R$ 2,3 mil; Carlos Viana (PSD-MG), de R$ 1 mil; Nelsinho Trad (PSD-MS), de R$ 695; Marcio Bittar (MDB-AC), de 958.

Já em março, os parlamentares que mais gastaram foram José Serra (PSDB-SP) e Acir Gurgacz (PDT-RO), ambos na casa dos R$ 16 mil. Em seguida, com gastos superiores a R$ 14 mil, aparecem Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Veneziano Vital do Rêgo (PSD-PB). Omar Aziz (PSD-AM) fecha a lista, com gastos acima de R$ 13 mil.

Antonio Anastasia (PSD-MG) pediu ressarcimento de mais de R$ 5,2 mil em passagens para ele e seus assessores durante a pandemia. Na ausência do presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP), que pegou Covid-19 e ficou afastado por alguns dias, Anastasia assumiu a presidência do Senado, mas deixou a função no dia 7 de abril – R$ 3,5 mil desse montante foi gasto antes da data.

O levantamento considera, além dos 81 senadores em exercício, os suplentes Paulo Albuquerque (PSP-AP), Prisco Bezerra (PDT-CE) e Luiz Pastore (MDB-ES), que exerceram mandato durante parte deste período; e a Juiza Selma Arruda (Podemos-MT), cassada em abril.

Isolamento
Oficialmente, o Senado começou a adotar medidas de isolamento na segunda quinzena de março, depois de o senador Nelsinho Trad testar positivo para o coronavírus. Em Ato da Mesa Diretora, ficou definido inicialmente o afastamento de senadores e servidores com mais de 65 anos, gestantes, imunodeprimidos e portadores de doenças crônicas.

Dias antes, contudo, tanto o Senado quanto a Câmara dos Deputados já estavam esvaziados e sem a movimentação costumeira de parlamentares — a Casa vizinha decretara restrições antes, incluindo a suspensão de visitas guiadas e a restrição do acesso de visitantes. As sessões remotas começaram dias depois, com a votação, em 20 de março, do decreto de calamidade pública por causa do novo coronavírus.

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