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Mesmo com Alckmin em baixa, PSDB espera ampliar bancada no Congresso

Lideranças tucanas do Senado e da Câmara têm expectativas de ampliar o poder nas Casas, no entanto, cabeça de chapa não anima os candidatos

atualizado

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Geraldo Alckimin (PSDB)
1 de 1 Geraldo Alckimin (PSDB) - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Atualmente com 12 senadores e 49 deputados no Congresso Nacional, o PSDB chega às eleições de 2018 querendo ampliar ainda mais sua bancada e seu poder nas duas casas do legislativo federal. No entanto, por mais que o otimismo em relação à Câmara e ao Senado prevaleça, sem um cabeça de chapa forte – Geraldo Alckmin ainda patina nas intenções de voto do eleitor – não diminuir o número de parlamentares eleitos já será um grande feito para os tucanos.

“Eu tenho certeza que o PSDB, agora que a campanha na TV começou, e com o trabalho da nossa militância, vai ganhar mais visibilidade. Temos nomes importantes e vamos continuar com 12 senadores na Casa”, garante o líder do partido no Senado, Paulo Bauer (SC), um pouco mais pé no chão que os demais.

Já o líder na Câmara, Nilson Leitão (MT), aposta que, ao menos por lá, haverá um avanço no número de deputados. “Vai passar de 50 eleitos. Só a partir deste mês de setembro que, de fato, o eleitor vai ficar atento as propostas de cada candidato. Eu sei que o brasileiro está raivoso, mas ele sabe que precisa votar e colocar os bons na Casa, para não deixar que os maus assumam”, afirma Leitão.

Além do desânimo do eleitorado, os parlamentares da legenda que buscam se eleger ao Congresso vão ter de lidar com outro desafio: os bolsos quase vazios. Isso porque essa será a primeira eleição nacional com proibição para empresas doarem aos candidatos. A maioria está fazendo vaquinha na internet para arrecadar dinheiro, mesmo assim, a falta de recursos públicos vindos do Fundo Eleitoral tem sido motivo de reclamação entre os peessedebistas.

Os que mais têm a lamentar são os postulante a uma vaga na Câmara que estão sem mandatos. Com pouca verba, o partido decidiu bancar, via Fundo Eleitoral, apenas a reeleição dos políticos com cargos na Casa. Ao todo, o PSDB distribuirá R$ 1,2 milhão para cada um dos atuais 49 deputados federais.

Os demais candidatos buscam ainda outras formas para financiar suas campanhas. Dependendo da importância e das chance na eleição, esses políticos podem receber uma parcela do Fundo Partidário – destinado à manutenção das siglas. Mesmo com todas essas dificuldades, o deputado Silvio Torres (SP), tesoureiro nacional da legenda, trabalha com a meta de eleger 60 deputados federais nestas eleições.

Enquanto isso, todos os candidatos aos governos estaduais e ao Senado receberam uma quantia do Fundo Eleitoral. Os 16 postulantes a senador e os 12 a governador tiveram acesso a cerca de R$ 43 milhões, que, divididos entre eles, dá quase R$ 1,4 milhão para cada. Ao todo, o PSDB recebeu R$ 185,8 milhões do fundo.

Governadores
Com 12 políticos disputando os governos estaduais, o PSDB tem boas chances de eleger ao menos seis deles: Antonio Anastasia, em Minas Gerais; Expedito Júnior, em Rondônia; José Anchieta Júnior, em Roraima; João Dória, em São Paulo; Eduardo Amorim, em Sergipe; e Reinaldo Azambuja, em Mato Grosso do Sul. Além disso, em Goiás, com José Eliton, e em Mato Grosso, com Pedro Taques, o partido ainda tem esperança de uma vitória ao menos no segundo turno das eleições

“Nós elegeremos 14 senadores, ampliando, assim, a bancada em mais dois parlamentares na Casa. Além disso, elegeremos oito governadores. O Brasil precisa de equilíbrio, diálogo e competência testada, e não de instabilidade e intolerância”, aposta o secretário-geral do PSDB, o deputado federal Marcus Pestana, que também está em campanha para se reeleger.

Alckmin
O pior cenário para o PSDB é mesmo na candidatura à Presidência da República. Geraldo Alckmin não consegue deslanchar e dificilmente aparece com dois dígitos nas pesquisas de intenções de votos. De verba, o ex-governador de São Paulo não pode reclamar.

Caso o presidenciável não chegue ao segundo turno, será a primeira vez que isso irá acontecer com um candidato do PSDB nos últimos 24 anos. Desde 1994, o partido disputa a eleição até o último momento.

O tucano, depois de fechar coligação com os partidos do Centrão – DEM, PP, PRB, Solidariedade e PSC –, teve acesso a milhões de reais e irá utilizar o teto permitido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE): R$ 70 milhões no primeiro turno e outros R$ 35 milhões, caso o candidato avance para o segundo turno.

O discurso do candidato e de alguns peessedebista é de que com a propaganda eleitoral a candidatura de Alckmin irá crescer. “Temos convicção de que ele irá para o segundo turno alavancado pela propaganda de rádio e TV. Acima de tudo, confiamos no Geraldo porque termos ferramentas de comunicação para dialogar com a sociedade e um candidato experiente, sereno, do diálogo, com visão de futuro e com habilidade para garantir a governabilidade. Isso tudo o que o Brasil está precisando”, completou Pestana.

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