Membros do Conselho de Ética defendem que Cunha faça delação premiada
Embora a prisão fosse esperada há meses entre ex-colegas de Cunha, o fato surpreendeu Marcos Rogério (DEM-RO), que relatou o processo de cassação
atualizado
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Com a prisão do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), membros do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados defenderam nesta quarta-feira (19/10), que o peemedebista faça delação premiada para ajudar “a passar o país a limpo”.
“Se ele tem algo a revelar, acho bom que o faça. É preciso tirar debaixo do tapete muita coisa que estava escondida. Acho que é um bom momento”, disse o deputado Marcos Rogério (DEM-RO), que foi relator do processo de cassação de Cunha.
Condenação
Rogério disse não ter dúvidas de que a instrução processual levará Cunha à condenação e que a punição no Parlamento já aconteceu com a cassação do mandato há um mês. “Agora é o Judiciário quem cumpre o seu papel”, afirmou.
Arqui-inimigo político de Cunha, o também conselheiro Júlio Delgado (PSB-MG) disse que a prisão do ex-deputado pode comprometer o grupo político do qual Cunha fazia parte. “A prisão traz mais receio para quem conviveu com ele”, destacou. Delgado defendeu que Cunha colabore com a Justiça e faça a delação não para reduzir sua pena, mas para contribuir com o País. “A delação é uma colaboração que ele dá para a sociedade”, pregou.
Já o presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PR-BA), lamentou a prisão, mas disse que o ex-deputado procurou esse destino. “Essa prisão já era esperada”, declarou. Quanto à possibilidade de delação premiada, Araújo sinalizou que também espera a contribuição de Cunha com as investigações. “Ele deve estar com tudo planejado. Vamos ver o que vai acontecer”, disse.