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Meirelles: presidente messiânico e demagógico não resolve problema

Presidenciável rejeitou pecha de candidato do governo, e disse aceitar “o apoio de todos os líderes importantes que quiserem apoiar”

atualizado

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Meirelles cni
1 de 1 Meirelles cni - Foto: Rafaela Felicciano / Metrópoles

O candidato do MDB, Henrique Meirelles, afirmou à Rádio Globo no final da tarde desta quinta-feira (23/8) que um presidente “messiânico” e “demagógico” não resolve os problemas da população. A crítica foi feita em reposta a uma pergunta sobre a diminuição do desemprego durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do qual Meirelles foi presidente do Banco Central.

“Não é presidente messiânico, mágico, tomando atitudes demagógicas que vai resolver o problema. [É] Cada um na sua área, pessoas competentes administrando saúde, educação, segurança, relações exteriores e a economia”, afirmou, sem mencionar o nome de qualquer concorrente e dizendo ser capaz de indicar as melhores pessoas para uma eventual gestão.

Mais cedo, veio à público o vídeo da campanha de Meirelles. A peça destaca a gestão dele do BC durante o governo Lula. O ex-presidente aparece, inclusive, duas vezes. Em uma delas, o petista diz que “precisava de alguém competente no BC”.

Meirelles evitou a pecha de candidato do governo e disse aceitar “o apoio de todos os líderes importantes que quiserem apoiar”. Na entrevista, o emedebista afirmou ter sido “absolutamente correto” aprovar o teto de gastos no Congresso antes da reforma da Previdência.

A “ordem das reformas” é tema de recorrente debate entre economistas. O argumento de críticos é que o teto de gastos está fadado ao fracasso sem a mudança na Previdência. Por sua vez, Meirelles considerou fundamental fazer desta forma para recuperar a confiança na economia brasileira.

“Se não fosse assim, a gente estaria discutindo até hoje e não teríamos tido o salto de confiança tão necessário”, afirmou o ex-ministro da Fazenda. Meirelles se comprometeu, se for eleito, a gerar 10 milhões de empregos ao longo dos próximos quatro anos.

“É muito simples. Em 2017, nós criamos no governo 2 milhões de empregos”, disse, argumentando ser possível fazer isso com um “conjunto adequado de políticas” econômicas. “Eu defendo que o melhor programa social é criação de empregos, o maior distribuidor de renda”, ressaltou.

Meirelles afirmou que, caso as reformas sejam implementadas, os juros no país continuarão a cair “no sistema financeiro como um todo”. O emedebista defendeu ainda a construção de novos presídios e a melhoria da gestão pública.

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