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Meirelles: candidato de Temer às eleições de 2018 não será Alckmin

Ministro avaliou que nome a ser apoiado pelo governo do presidente terá de defender o “legado” do peemedebista

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FÁBIO MOTTA/ESTADÃO
MEIRELLES / RIO
1 de 1 MEIRELLES / RIO - Foto: FÁBIO MOTTA/ESTADÃO

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que o governo de Michel Temer (PMDB) terá um candidato à presidência em 2018, mas ele não será o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

“Uma coisa é o apoio a determinadas reformas, outra é o apoio à política econômica atual, com todas as suas medidas e consequências. Não há, pelo menos até o momento, um comprometimento do PSDB em defesa dessa série de políticas e do legado de crescimento com compromisso de continuidade”, disse o ministro.

De acordo com a entrevista publicada nesta segunda-feira (4/12), Meirelles fez a avaliação de que o candidato a ser apoiado pelo governo do presidente Michel Temer terá de defender o “legado” do peemedebista, característica que disse não ser compatível com o governador paulista.

O ministro também não descartou a possibilidade de concorrer à Presidência, embora tenha repetido que só tomará uma decisão sobre eventual candidatura no final de março de 2018.

Ele avaliou o cenário político para 2018, e afirmou que a polarização de Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PSC-RJ) “tem teto de crescimento”, e que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem potencial para começar a corrida eleitoral.

Uma pesquisa do Datafolha apontou o ministro com 2% das intenções de voto. Apesar das articulações para concorrer às eleições presidenciais do próximo ano, Meirelles diz que, no momento, está concentrado em seu trabalho à frente do Ministério da Fazenda.

“As menções ao meu nome refletem o fato de que tenho dito que não sou candidato, não estou em campanha. Estou completamente concentrado em garantir a recuperação da economia e a geração de empregos”, disse o ministro sobre a pesquisa.

Previdência
Meirelles também falou sobre a dificuldade para aprovar a reforma da Previdência. Segundo ele, o governo estuda fazer concessões em troca da aprovação, mas, sem ela, diz que o país voltará à recessão.

“Não estamos discutindo se vai haver reforma, e sim quando vai haver. Se não fizer este ano, vai ter que fazer no início de 2018. Se não, vai ser em 2019. É inevitável”, disse.

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