“Me elegeram como alvo”, diz Bolsonaro sobre Witzel e Doria
O presidente alegou que vem sofrendo críticas dos governadores porque eles têm ambições presidenciais em 2022
atualizado
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O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), disse que os governadores João Doria (PSDB), de São Paulo, e Wilson Witzel (PSC), do Rio de Janeiro, fazem críticas ao governo atual de olho nas eleições presidenciais de 2022.
“Eu sou um cara miserável, pobre. Se bem que sou mais rico que 98% da população, mas, perto desses caras, sou pobre e parece que meu cheiro não faz bem para eles. Minha plumagem é diferente da deles”, disparou Bolsonaro, referindo-se aos dois governadores do Sudeste.
Segundo o presidente, Doria e Witzel escolheram atacá-lo para se tornarem opções viáveis em 2022. “Me elegeram como alvo: tem que derrotar esse cara porque, se ele vier candidato, vai ele e o PT para o segundo turno e,daí estamos fora. Doria e Witzel não aceitaram o colégio cívico-militar e nós estamos, agora, negociando com os prefeitos”, comentou.
Bolsonaro também criticou a atuação de Witzel durante a crise hídrica do Rio de Janeiro. “Alguém quer tomar um copo d’água no Rio de Janeiro? Agora, botaram detergente na água. É problema dele, não vou ficar dando pancada nele. Ele tem que resolver. Tem uma CPI tomando forma lá, e CPI não tem que ser para perseguir governador, tem que perseguir a verdade. O que houve com a Cedae [Companhia Estadual de Água e Esgotos do Rio]? Houve loteamento, negligenciaram?”, questionou.
O presidente criticou ainda o marketing eleitoral usado por Doria na campanha ao governo de São Paulo, quando criou o Bolsodoria. Segundo Bolsonaro, o então prefeito da capital paulista o procurou nos dois turnos das eleições em busca de apoio. “Me procurou e eu não o recebi. Não me meti nas eleições de São Paulo.”