MDB diz que expulsará filiado que aceitar ministério de Bolsonaro
Filiados do partido que são aliados do presidente estão incomodados com preferência por Ciro Nogueira e querem comandar ministérios
atualizado
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O MDB usou as redes sociais para enviar um recado aos filiados que se interessam por ocupar um ministério no governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo o partido, quem aceitar será convidado a deixar a sigla.
A manifestação oficial da legenda ocorre diante da pressão do partido para angariar um comando ministerial.
Conforme noticiado pelo Metrópoles, o Palácio do Planalto está incomodado com os pedidos feitos por aliados emedebistas no Congresso Nacional, após o senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos principais caciques do Centrão, ter sido convidado a compor o primeiro escalão do governo.
Pessoas próximas ao presidente reclamam do apetite do MDB em pedidos para garantir a sustentação nas pautas de interesse do Executivo que tramitam no Congresso.
Dois nomes da sigla surgem como favoritos para ocupar um ministério, caso Bolsonaro ceda às pressões: o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (PE), e no Congresso, senador Eduardo Gomes (TO).
O partido não desmente que haja pressão interna por uma vaga no governo federal. Informa, porém, que convidará o novo ministro a se desfiliar.
O MDB informa que qualquer filiado ao partido que aceitar Ministério deste governo será convidado a se retirar da sigla. Essa é a posição oficial do MDB. https://t.co/AeQXQWegKi
— MDB Nacional (@MDB_Nacional) July 26, 2021
Nova reforma
Recentemente, Bolsonaro anunciou que promoveria uma nova dança das cadeiras em seus ministérios. Com as mudanças, o senador Ciro Nogueira (PI), que preside o Progressistas, ocuparia a Secretaria-Geral da Presidência.
Antes, havia a previsão de que Nogueira fosse alocado na Casa Civil. A mudança de ideia do presidente foi antecipada pelo Metrópoles.
Segundo auxiliares presidenciais, o argumento seria de que o trabalho mais intenso da Casa Civil, que coordena os demais ministérios do governo, poderia atrapalhar a articulação política de Ciro junto ao Congresso.
A avaliação é que, na Secretaria-Geral, o senador continuaria tendo assento no Palácio do Planalto, mas contaria com mais tempo para focar na articulação política.