metropoles.com

Nunca recebi ordem para uso da cloroquina, diz Mayra Pinheiro

Secretária do Ministério da Saúde foi responsável pela distribuição de medicamentos sem comprovação de eficácia contra a Covid em Manaus

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/ Metrópoles
Mayra Pinheiro presta depoimento à CPI
1 de 1 Mayra Pinheiro presta depoimento à CPI - Foto: Rafaela Felicciano/ Metrópoles

Senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid ouvem, na manhã desta terça-feira (25/5), a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como “Capitã Cloroquina”.

A sessão teve início por volta das 9h45, mas foi suspensa em seguida pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), devido à falta de quorum. Os trabalhos foram retomados cerca de 10 minutos depois.

Acompanhe ao vivo:

Questionada pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), a secretária afirmou que nunca recebeu ordem do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello ou do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para defender o uso da cloroquina. Segundo ela, a indicação de medicamentos sem comprovação científica sobre eficácia contra Covid não partiram de “iniciativa pessoal”.

Mayra Pinheiro afirmou não saber quem foi o responsável por ordenar ao Exército que ampliasse a produção de cloroquina em função do uso elevado do medicamento sem eficácia no tratamento de pacientes da Covid-19. “Eu não sei dizer [quem ordenou], o ministro Mandetta deveria saber. Eu não sei informar”, disse.

Sobre a crise sanitária em Manaus, na qual a secretária esteve à frente das ações do Ministério da Saúde, ela afirmou, antes de responder às perguntas dos senadores, que para vencer o vírus “precisaríamos de mais e maiores medidas de produção individual, de vacinas, mas também de medicamentos”.

A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação no Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, afirmou ao Ministério Público Federal (MPF) que foi a responsável por coordenar ações de difusão de medicamentos como hidroxicloroquina e azitromicina em Manaus (AM).

9 imagens
Mayra Pinheiro na CPI da Covid
Flávio Bolsonaro na CPI da Covid
Mayra Pinheiro é a aposta do PL do Ceará para a Câmara dos Deputados
Mayra Pinheiro ficou conhecida como Capitã Cloroquina
Mayra Pinheiro na CPI da Covid
1 de 9

Conhecida como “Capitã Cloroquina”, a médica Mayra Pinheiro vai disputar na Câmara pelo PL do Ceará. Mayra é uma de seis pessoas que respondem a uma ação por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas e foi convocada à CPI da Pandemia, em 2021

Rafaela Felicciano/Metrópoles
2 de 9

Mayra Pinheiro na CPI da Covid

Rafaela Felicciano/Metrópoles
3 de 9

Flávio Bolsonaro na CPI da Covid

Rafaela Felicciano/Metrópoles
4 de 9

Mayra Pinheiro é a aposta do PL do Ceará para a Câmara dos Deputados

Rafaela Felicciano/Metrópoles
5 de 9

Mayra Pinheiro ficou conhecida como Capitã Cloroquina

Rafaela Felicciano/Metrópoles
6 de 9

Mayra Pinheiro na CPI da Covid

Rafaela Felicciano/Metrópoles
7 de 9

CPI da Covid

Rafaela Felicciano/Metrópoles
8 de 9

Mayra Pinheiro na CPI da Covid

Rafaela Felicciano/Metrópoles
9 de 9

Mayra Pinheiro na CPI da Covid

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Habeas Corpus

Assim como o depoente que a antecedeu, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, Mayra Pinheiro chega para depor ao colegiado respaldada por um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A medida, imposta pelo ministro Ricardo Leandowski, permite à secretária que opte pelo silêncio para responder fatos ocorridos entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, período em que ocorreu a crise do oxigênio hospitalar em Manaus.

O que esperar?

Os senadores opositores ouvem o depoimento da servidora municiados de informações trazidas por Pazuello. No depoimento, o ex-ministro afirmou que Mayra é a autora do TrateCov, que indicava remédios sem comprovação de eficácia até para bebês.

Defensora ferrenha da cloroquina, a secretária ficou conhecida por organizar uma comitiva de médicos a Manaus para promover o chamado “tratamento precoce” para a Covid-19, mesmo sem a comprovação de eficácia no tratamento do novo coronavírus — no auge da crise de oxigênio hospitalar na capital amazonense.

Ela também escreveu um artigo no qual faz uma defesa sobre a nota informativa n° 9/2020, que tem orientações do Ministério da Saúde para “Manuseio Medicamentoso Precoce de Pacientes com Diagnóstico de Covid-19”, e sugeriu que os críticos aos medicamentos sem comprovação de eficácia para a Covid-19 podem ter cometido um “verdadeiro genocídio”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?