Marun sobre reajuste do STF: “Há conflito entre o justo e o possível”
O salário dos ministros do Supremo atualmente é de R$ 33,7 mil. Caso aumento seja aprovado, remuneração pode chegar a R$ 39 mil
atualizado
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O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou nesta quinta-feira (9/8) ver um conflito entre “o justo e o possível” na proposta de aumento dos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Nessa quarta (8), a maioria dos ministros decidiu enviar ao Congresso Nacional proposta de reajuste de 16% nos próprios salários, para 2019.
“Pode até existir justiça [no pleito]. O que me preocupa é o possível. É possível isso ser feito nesse momento? Em relação a isso não sei”, declarou Marun, durante entrevista no Palácio do Planalto. E completou: “Esse é um conflito interessante e importante entre o justo e o possível”.
O salário dos ministros do Supremo atualmente é de R$ 33,7 mil. Caso o reajuste de 16% seja aprovado no Orçamento da União, que será votado pelo Congresso, o salário dos integrantes da Corte poderia chegar a R$ 39 mil. O valor provocaria efeito cascata nas remunerações do funcionalismo público, já que o subsídio dos ministros é o valor máximo de referência para pagamento de salários dos servidores públicos.
A inclusão do reajuste foi decidida por 7 votos a 4. Votaram a favor do aumento os ministros Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Mello, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Luiz Fux e Alexandre de Moraes. A presidente da Corte, Cármen Lúcia, posicionou-se contra o reajuste, assim como os ministros Rosa Weber, Edson Fachin e Celso de Mello.