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Mario Frias, Sérgio Camargo e Alexandre Ramagem deixam o governo

Com a saída, secretário de Cultura, presidente da Fundação Palmares e diretor da Abin, respectivamente, podem concorrer nas eleições

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Por causa da data-limite estabelecida pela Justiça Eleitoral para descompatibilização de cargos públicos (2 de abril), no caso de quem quer concorrer às urnas, nove ministros do governo Jair Bolsonaro desembarcaram de suas funções. Seus nomes foram publicados na edição desta quinta-feira (31/3) do Diário Oficial da União. Outros personagens importantes também deixam a Esplanada, como Mario Frias, Sérgio Camargo, Alexandre Ramagem e Jorge Seif.

Secretário Especial de Cultura do Ministério do Turismo, Mario Frias deixa o cargo, que será assumido por Hélio Ferraz. Frias ficou conhecido durante os anos em que esteve à frente da pasta por postagens polêmicas nas redes sociais e brigas com famosos. Ele pretende disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados pelo PL de São Paulo.

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Mario Frias iniciou a carreira no ramo artístico, mais especificamente em Malhação, em 1999, na Rede Globo
"Ganhei uma nova chance", disse Mario Frias
Deixando a carreira de ator de lado, Mario Frias foi nomeado pelo presidente Bolsonaro, em junho de 2020, para o comando da Secretaria Especial da Cultura, órgão vinculado ao Ministério do Turismo
Frias é pai de Miguel, fruto do relacionamento com a atriz Nivea Stelmann, e de Laura, fruto da relação com a atual esposa Juliana Camatti
Desde quando assumiu o cargo no governo Bolsonaro, Frias coleciona polêmicas e entra em brigas com famosos como Marcelo Adnet, Ivete Sangalo e Antonia Fontenelle
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Mario Frias iniciou a carreira no ramo artístico, mais especificamente em Malhação, em 1999, na Rede Globo

Instagram/Reprodução
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"Ganhei uma nova chance", disse Mario Frias

Isac Nóbrega/PR
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Deixando a carreira de ator de lado, Mario Frias foi nomeado pelo presidente Bolsonaro, em junho de 2020, para o comando da Secretaria Especial da Cultura, órgão vinculado ao Ministério do Turismo

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Frias é pai de Miguel, fruto do relacionamento com a atriz Nivea Stelmann, e de Laura, fruto da relação com a atual esposa Juliana Camatti

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Desde quando assumiu o cargo no governo Bolsonaro, Frias coleciona polêmicas e entra em brigas com famosos como Marcelo Adnet, Ivete Sangalo e Antonia Fontenelle

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Fora as confusões pessoais, denúncias de desperdício de dinheiro público em viagem ao exterior e suspeitas de nepotismo assombram a gestão do ator Mario Frias na Secretaria Especial de Cultura

Roberto Castro/ Mtur
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A confusão com Antonia Fontenelle, inclusive, deu o que falar. Tudo começou depois de ela afirmar que recebeu proposta em dinheiro para não falar mal de Frias. Ele, por sua vez, nega as acusações e aproveitou para atacar a youtuber nas redes. Em live, o ator chamou a mulher de "cacatua" e disse que ela “não vale um real”. Antonia o processou

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Além disso, a falta de ações na área da cultura e retornos do secretário motivaram série de críticas à gestão de Frias. Em março de 2022, o ator resolveu deixar o cargo no governo. O motivo, no entanto, não foram as oposições, mas sim a vontade dele em disputar as eleições de outubro

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Agora, filiado ao Partido Liberal (PL), Frias pretende concorrer a uma vaga de deputado federal por São Paulo

Marcos Corrêa/PR

Sérgio Camargo também colecionou polêmicas à frente do cargo de presidente da Fundação Cultural Palmares. Em uma das últimas colocações nas redes sociais, Camargo se manifestou sobre morte do congolês Moïseassassinado por cobrar diárias de trabalho em quiosque no Rio de Janeiro. Ele definiu o homem como “vagabundo morto por vagabundos mais fortes”.

Mas não foram só postagens polêmicas que cercaram a gestão dele. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, por exemplo, determinou que os poderes de Camargo, sobre gestão de servidores do órgão, fossem restritos. Há denúncias de assédio moral, perseguição ideológica e discriminação contra funcionários. O nome de Camargo foi publicado no DOU desta quinta, mas sem o substituto.

Ramagem e Seif

Alexandre Ramagem deixa o cargo de Diretor-Geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Em uma de suas últimas ações, segundo o colunista do Metrópoles Guilherme Amado, Ramagem fez campanha eleitoral enquanto ainda ocupava a função. No dai 26 de fevereiro, ele publicou em redes sociais que o governo Bolsonaro armou o “cidadão de bem” e também atacou governos petistas.

Pré-candidato, o amigo da família Bolsonaro se filiou ao PL, partido do presidente. O nome de seu substituto ainda não foi publicado no DOU. A Associação dos Servidores da Abin e a Associação Nacional dos Oficiais de Inteligência divulgaram nota agradecendo a Ramagem e desejando boa sorte a ele.

“À frente da Abin, Ramagem empenhou-se em garantir assessoramento oportuno por parte da Agência às altas autoridades da República, especialmente durante os períodos de crise. Durante sua gestão houve significativa atualização de meios técnicos na Agência e encontramos portas abertas para o diálogo com as Associações representativas dos servidores”, diz o comunicado.

Veja a nota completa:

Nota de associações em favor de Ramagem by Metropoles on Scribd

Por fim, o Secretário de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Jorge Seif, também deixou seu cargo nesta quinta. Também filiado ao PL, ele deve concorrer a deputado federal por Santa Catarina. Seu substituto é Jairo Gund, então secretário-executivo da pasta.

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