Marinho toma posse como ministro do Desenvolvimento Regional
Ex-secretário especial de Previdência e Trabalho foi nomeado após ida de Gustavo Canuto para Dataprev
atualizado
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O novo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, tomou posse no primeiro escalão do governo nesta terça-feira (11/02/2020), durante cerimônia realizada no Palácio do Planalto.
A solenidade contou com a presença de ministros do governo e líderes partidários, além dos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Rodrigo Maia.
Economista, Rogério Marinho foi nomeado ministro pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na última quinta-feira (06/02/2020), em edição extra publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Ele substitui o ex-ministro Gustavo Canuto — exonerado na mesma publicação —, que assume o Dataprev, empresa responsável pelo processamento de dados das aposentadorias.
Em seu discurso, Canuto agradeceu a oportunidade que Bolsonaro deu a ele como ministro do Desenvolvimento Regional. Ele ainda desejou boas-vindas a Rogério Marinho. “Quero desejar muito sucesso à frente dessa pasta que conta com políticas públicas que podem, de fato, mudar a vida de milhões de brasileiros”, disse.
Logo em seguida, foi a vez de Marinho discursar e agradecer ao presidente Jair Bolsonaro pela missão confiada à ele. “Gostaria de falar para que o senhor fique tranquilo. Vou dar o melhor de mim para buscar construir pontes, estabelecer e consolidar relações porque nós não vamos a lugar nenhum se formos caminhos sós”, declarou.
O agora ministro do Desenvolvimento Regional ainda agradeceu ao ministro Paulo Guedes e o trabalho que fizeram juntos no Ministério da Economia. “Quero saudar o ministro Paulo Guedes que literalmente me recrutou para fazer parte da sua equipe. Ele nos deu régua, nos deu compasso, nos deu segurança, nos deu autonomia e nos deu apoio para realizar a tarefa que fizemos em conjunto com a sociedade brasileira”, afirmou.
Último a discursar, o presidente Jair Bolsonaro agradeceu os trabalhos feitos por Canuto frente ao Ministério do Desenvolvimento Regional. “Canuto, eu o conheci por ocasião da transição. Confesso que nunca tinha ouvido falar de você e talvez você tivesse ouvido falar de mim poucos anos também. Obviamente, quando fomos apresentados, foi amor à primeira vista. Conversamos por alguns minutos e não tive dúvida em indica-lo para comandar o Desenvolvimento Regional”, disse o presidente.
E acrescentou: “Você exerceu um excelente trabalho ao longo do último ano. Você soube, com dificuldades muitas vezes, deixar-se conduzir. No momento, você sai pra estar à frente do Dataprev e firmo aqui minha convicção que você fará um excelente trabalho no Dataprev. Obrigado e boa sorte”.
Bolsonaro ainda elogiou o trabalho de Marinho como relator da reforma trabalhista proposta por Temer. “Em parte, devemos a ele a taxa de desemprego não ter explodido”, disse o presidente.
O novo ministro, que já foi deputado federal pelo PSDB e relatou a reforma trabalhista do governo Michel Temer (MDB), goza de bom trânsito no Congresso e foi um dos principais articuladores do governo durante a tramitação da reforma da Previdência.
Canuto, por sua vez, não tinha perfil político e era constantemente criticado por parlamentares aliados ao governo por, segundo eles, dificultar a liberação de recursos.
O Ministério do Desenvolvimento Regional foi criado no governo Bolsonaro unindo as atribuições de duas pastas existentes até então, da Integração Nacional e das Cidades.
Pelas funções que a pasta desempenha, é, naturalmente, uma das mais procuradas por políticos, sejam eles deputados federais, estaduais, prefeitos ou vereadores.
Marinho já trabalhava no governo Bolsonaro como secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Ele foi nomeado secretário da Previdência pelo ministro Paulo Guedes ainda no governo de transição, em 2018.
Quem substitui Marinho é Bruno Bianco, que atuava como secretário-adjunto de Previdência e Trabalho. Junto ao ex-secretário, Bianco também foi um dos principais articuladores da aprovação da reforma no Congresso.