Marinho diz que governo quer controlar CPI: “Me parece antidemocrático”
Rogério Marinho, líder da oposição no Senado, afirma que os parlamentares querem “isenção e transparência” na CPI
atualizado
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Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, afirmou nesta quarta-feira (26/4) que o empenho do governo para instalar e compor a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do dia 8 de janeiro é uma atitude “antidemocrática, totalitária e arrogante”. Ele diz que por três meses a base articulou para que os atos não fossem investigados pelo Legislativo e, agora, quer controlar a CPI.
“Me parece antidemocrático, totalitário e arrogante por parte do governo querer controlar uma comissão que eles não queriam instalar. Claramente, a posição que o governo tem primeiro é de mover céus e terras para que não ocorra a CPMI”, disse. “Depois, com o vazamento das imagens [do então chefe do GSI, o G.Dias, com os invasores no Palácio do Planalto], abraçar a CPMI com a seguinte atitude”, completou.
Saiba mais: Veja qual será a composição da CPI mista do 8/1 no Congresso Nacional
De acordo com Marinho, a oposição quer que o relator e o presidente da comissão sejam parlamentares isentos, ou seja, de partidos como Progressistas, Republicanos e PSD. “O que nós queremos é isenção, é transparência e se o presidente da comissão for alguém ligado ao governo, é razoável que o relator seja da oposição e vice-versa”, argumentou.
Questão de ordem
Como noticiou o Metrópoles, o senador e líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), mudou de bloco, integrando antes o Democracia (PSD, Podemos, MDB, União e PDT), mas agora está no Resistência Democrática (PT, PSB e PSD).
Com essa mudança na composição, o governo garante mais vagas na CPMI. Isso levou Marinho a pedir uma questão de ordem sobre a manobra, que está sob análise do presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Blocos no Senado
- Bloco Resistência (PT, PSB, PSD, Rede): 6 vagas;
- Bloco Vanguarda (PL, Novo): 2 vagas;
- Bloco Aliança: (PP, Republicanos): 2 vagas;
- Bloco Democracia (PDT, MDB. PSDB, Podemos, Rede, União): 6 vagas.
Blocos na Câmara
Na Câmara, a maior parte da comissão será integrada por parlamentares do superbloco de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados. A indicação dos integrantes será feita pelo deputado Felipe Carreras (PSB-PE), líder do bloco.
- Bloco União, PP, PSB, PDT, PSDB-Cidadania, Avante, Solidariedade, Patriota: 5 vagas;
- Bloco MDB, PSD, Republicanos, Podemos, PSC: 4 vagas;
- PL: 3 vagas;
- PT: 2 vagas;
- PSol/Rede: 1 vaga;
- Novo: rodízio.