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Marina Silva diz que Bolsonaro tem “muita proposta sem propósito”

Candidata da Rede defendeu demarcação de terras indígenas: “Não se pode ser presidente para governar só para os que têm”

atualizado

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Marina Silva
1 de 1 Marina Silva - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A candidata à Presidência da República Marina Silva (Rede) disse nesta sexta-feira (31/8) ao comentar o início da propaganda eleitoral na TV das eleições 2018, que “tem muita proposta sem propósito” na campanha, referindo-se ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro. Marina participou de encontro com empresários na Casa da Federação das Indústrias do Rio (Casa Firjan).

“Eu vou debater as questões relevantes para o Brasil, não apenas na perspectiva do voto, mas na do que é justo. É inadmissível que alguém diga que não vai demarcar terra indígena. Não se pode ser presidente para governar só para os que têm, os que sabem”, disse a candidata, acompanhada do candidato a deputado federal pela Rede Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo.

“Temos que defender os mais frágeis. Tem muita proposta sem propósito; quero associar proposta e propósito. E ser justa para índios, mulheres, negros, empresários, trabalhadores”, afirmou Marina.

Ao comentar o resultado do PIB, divulgado nesta sexta-feira, Marina disse que para fomentar a indústria o Brasil precisa se integrar à cadeia produtiva global. “A indústria já representou mais de 20% do PIB, e hoje está reduzida a algo em torno de 9%.

As transformações que estão acontecendo no mundo exigem que a gente pense num novo ciclo de prosperidade”, afirmou a candidata, que defendeu também o aumento das exportações e a diminuição de entraves tarifários. “Temos que nos integrar às cadeias produtivas globais, agregação de valor, e isso requer transição para uma indústria cada vez mais competitiva.”

Pesquisa do Datafolha divulgada na semana passada mostra a candidata em terceiro lugar no cenário que inclui o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – preso pela Lava Jato – e em segundo com o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) como substituto na chapa petista. No primeiro, Lula tem 39% das intenções de voto, Bolsonaro, 19%, e Marina, 8%. No segundo, Bolsonaro aparece com 22% e Marina, com 16%.

Foram ouvidos 8.433 eleitores em 313 municípios brasileiros nos dias 20 e 21. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança é de 95% (o que quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os números conferirem com o momento atual da campanha, considerado esta margem de erro). O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o protocolo BR 04023/2018.

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