Marina Silva critica decisão do STF sobre afastamento parlamentar
“Agora, como se não bastasse o foro privilegiado, teremos o autoindulto privilegiado”, expôs Marina
atualizado
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A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), proferida na quarta-feira (11/10), por seis votos a cinco, de que o afastamento de parlamentares precisa passar pelo Senado ou pela Câmara após ser determinado pela Justiça foi duramente criticada por Marina Silva, ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente e porta-voz da Rede Sustentabilidade. “Agora, como se não bastasse o foro privilegiado, teremos o autoindulto privilegiado”, afirmou Marina em vídeo publicado no Twitter nesta sexta-feira (13/10).
Marina lembra que a determinação do STF não diz respeito apenas a Aécio Neves, afastado desde setembro, já que cria jurisprudência para casos similares. “A decisão vai na contramão do desejo da sociedade de que a Justiça seja igual para todos”, apontou. “O cuidado para não criar uma crise institucional não pode ser levado a cabo em prejuízo da própria segurança institucional, criando uma insegurança maior de que poderá haver um poder acima dos demais.”Não bastasse o foro privilegiado, agora foi instituído o auto-indulto privilegiado. pic.twitter.com/EDPsM4LHQQ
— Marina Silva (@silva_marina) 13 de outubro de 2017
As instituições no Brasil, diz Marina no vídeo, não devem ter o poder de fazer o próprio julgamento. “Favorecer a autonomia das instituições não significa que venhamos a passar uma mensagem equivocada de que existe alguns setores que estão acima da lei”, afirma a ex-senadora no vídeo com tom crítico à decisão.