Marina pede ao TSE apuração de ataque a #MulheresContraBolsonaro
Ação sugere punição a membros da chapa do PSL ao Planalto: cassação da candidatura ou do diploma e mandato, caso julgamento seja pós-eleição
atualizado
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A candidata à Presidência da República pela Rede, Marina Silva, e a coligação Rede-PV entraram, neste sábado (22/9), com uma ação de investigação judicial eleitoral contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL), seu vice Hamilton Mourão e a coligação PSL e PRTB para apurar a denúncia de abuso dos meios de comunicação e do poder político no ataque cibernético contra o grupo “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”, ocorrido no dia último dia 14 no Facebook.
A ação pede que os postulantes sejam punidos com a cassação do registro de candidatura ou, em caso de julgamento após a eleição da chapa, do diploma ou do mandato, com inelegibilidade por 8 anos.
Também foi pedida investigação contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidenciável, por suas manifestações em redes sociais que deixaram claro a intenção de obter vantagem eleitoral em favor de seu pai.
Na ação, Marina e a coligação consideram que os atos noticiados são graves por violarem os direitos constitucionais de liberdade de pensamento e expressão, por terem sido praticados na internet e no período eleitoral, atentando assim contra a democracia.
Para a coligação encabeçada por Marina Silva, trata-se de uma questão apartidária e que deve ser investigada pela Justiça Eleitoral.
Rejeição entre as mulheres
A petição destaca que é notória a rejeição do eleitorado feminino a Bolsonaro – em torno de 49% segundo recentes pesquisas eleitorais – e que o grupo ganhou destaque na imprensa por se posicionar contra as ideias do presidenciável do PSL.
“A vítima dessa estratégia sorrateira foi um grupo de milhões de mulheres brasileira, que, apesar de estarem espalhadas por todo o país, reuniram-se licitamente através da internet para dialogar e manifestarem seu pensamento, entretanto, foram alvo de práticas criminosas e, ao que tudo indica, de cunho eleitoral”, defende a ação.
O documento destaca o oportunismo do candidato e lembra que Bolsonaro se beneficiou da invasão cibernética, uma vez que “foram excluídas as mensagens que lhe teciam críticas, alterando-as para outras que eram elogiosas”.