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Marília Arraes acusa PT de usá-la como “massa de manobra”

De saída do partido, a deputada federal criticou a postura da legenda e reiterou apoio “incondicional” ao ex-presidente Lula

atualizado

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Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Marília Arraes
1 de 1 Marília Arraes - Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Em meio às especulações sobre saída do Partido dos Trabalhadores (PT), a deputada federal Marília Arraes (PT-PE) divulgou nota manifestando descontentamento com a indicação de seu nome para o Senado e afirmando que o partido a usou como “massa de manobra”. Ela estuda deixar o partido durante a janela partidária e especula-se que deve disputar uma vaga ao Senado Federal.

O provável destino é o Solidariedade, mas ainda não há confirmação.

“Não fui consultada e não autorizei que envolvessem o meu nome em qualquer negociação, menos ainda que tornassem público, como se fossem os senhores do meu destino, sobretudo após meses de desgaste político e público feito por meio da imprensa, escondido sob manto do off e notícias de bastidores”, disse ela.

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Marília Arraes é neta do ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes
O projeto é da petista Marília Arraes
Marília Arraes disse que teve uma avaliação errada do projeto
A petista Marília Arraes apresentou a proposta para distribuição de absorventes
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A petista Marília Arraes apresentou a proposta para distribuição de absorventes

Reprodução/Facebook
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Marília Arraes é neta do ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes

Ricardo Labastier/Divulgação
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O projeto é da petista Marília Arraes

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Marília Arraes disse que teve uma avaliação errada do projeto

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A petista Marília Arraes apresentou a proposta para distribuição de absorventes

Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Neta do ex-governador Miguel Arraes (1916-2005) e prima do ex-governador Eduardo Campos (1965-2014), Marília começou a carreira política no PSB. Foi vereadora do Recife por três mandatos. Todavia, entrou em conflito com Eduardo Campos e acabou migrando para o PT em 2016.

Marília se lançou como pré-candidata ao governo de Pernambuco em 2018, mas retirou o nome após negociação entre PT e PSB. Dois anos depois, ela disputou a Prefeitura do Recife contra o primo João Campos (PSB) em meio a desgastes internos com o PT.

“Em 2018, o acordo de cúpula PT/PSB impediu a minha candidatura ao governo do estado, quando liderávamos todas as pesquisas de opinião. Em 2020, nas eleições para a Prefeitura do Recife, a cúpula do PT fez de tudo para inviabilizar politicamente a minha campanha, o que ajudou a dar a vitória ao adversário. E agora, indelicadamente, usam o meu nome, como massa de manobra. Tudo isso não é compatível com o bom senso que deve nos nortear na política”, afirmou.

A deputada, todavia, reiterou na nota que, independentemente do caminho que seguirá, vai continuar apoiando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Expresso todo o meu apoio, incondicional, à campanha do presidente Lula para a Presidência da República, com a lealdade e a correção das minhas tradições”, disse.

Marília e PT vêm em um processo de desgastes há tempos tanto local, quando dirigentes tentaram minar o espaço dela e vice-versa, quando nacionalmente, quando ela se aliou ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), na eleição da Mesa Diretora, contrariando a cúpula partidária. Ela foi eleita 2ª secretária da Mesa.

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