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Maria do Rosário aciona MPF contra Secom do Planalto

Para a petista, as publicações do órgão contra a cineasta Petra Costa violam o princípio da impessoalidade da comunicação pública

atualizado

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Maria do Rosário
1 de 1 Maria do Rosário - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) protocolou nesta terça-feira (04/02/2020) um pedido de investigação do Ministério Público Federal (MPF) sobre a série de publicações feitas pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) contra a cineasta Petra Costa, diretora do documentário “Democracia em Vertigem”, indicado para o Oscar. A representação foi protocolada na Procuradoria Geral da República (PGR).

Para a parlamentar, a Secom do Planalto feriu os princípios da impessoalidade da comunicação pública, ao promover os ataques.

“Esta importante secretaria do Poder Executivo Federal, em sua conta oficial do Twitter (@secomvc), de forma inacreditável, passou a atacar de forma pessoalizada e nada republicana a cineasta Petra Costa”, diz trecho da ação impetrada por Rosário.

Segundo a deputada, a Secom usou o canal oficial para promover uma “perseguição”. “Além de ferir o principio da impessoalidade, a atitude é um ataque a liberdade de manifestação de pensamento e expressão artística, bem como a liberdade profissional e de ofício de @petracostal. Democracia em Vertigem é um documento histórico, e estaremos torcendo pelo Oscar”, disse a deputada nas redes sociais.

O perfil da Secom (@SecomVc) no Twitter fez uma postagem acusando a cineasta Petra Costa de difamar a imagem do Brasil no exterior. Em um vídeo, o governo rebateu acusações feitas pela diretora do filme Democracia em Vertigem em entrevista recente nos Estados Unidos.

As falas de Petra, cujo filme concorre ao Oscar de Melhor Documentário no próximo domingo (09/02/2020), são taxadas de “fake news” pela conta oficial.

Na montagem feita pelo perfil @SecomVC, são usadas cenas de entrevista em inglês na qual Petra faz acusações ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido) dizendo, por exemplo, que são incentivadas invasões de terras indígenas por fazendeiros. Após o carimbo de “fake news”, o vídeo afirma que “para o presidente Jair Bolsonaro qualquer invasão de terra é terrorismo”.

Petra também diz que o governo federal apoia uma onda evangélica que “tem se posicionado contra direitos dos gays, feminismo e pessoas de cor”. O perfil oficial responde que a administração “não fez nenhuma ação contra minorias”.

A cineasta afirma ainda na entrevista que a polícia do Rio mata mais do que a de todo o território norte-americano. Nesse caso, o perfil abre mão de fazer a defesa e diz que “cabe ao governo do estado do Rio de Janeiro responder pela ação de suas polícias”.

Veja a postagem que contém o vídeo:

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