Marco Aurélio sobre 7 de Setembro: “Ambos os lados esticaram a corda”
Em conversa com o Metrópoles, ex-ministro da Suprema Corte criticou o Inquérito das Fake News e exigiu diálogo entre os Poderes
atualizado
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Ao comentar as manifestações marcadas para esta terça-feira (7/9), o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello criticou o Inquérito das Fake News e assinalou que os dois lados, tanto o Judiciário quanto o Executivo, esticaram a corda.
“A corda foi muita esticada, e foi esticada de ambos os lados. Penso que o Judiciário também esticou a corda”, assinalou o ex-ministro, em conversa com o Metrópoles, na manhã desta segunda-feira (6/9).
Marco Aurélio voltou a chamar de “natimorto” o Inquérito das Fake News e ressaltou que o país não está “melhor” com as providências que estão sendo tomadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado foi o único a votar contra, em junho do ano passado, contra a validade do inquérito.
“Esse inquérito natimorto, que votei contra, foi instaurado pela vítima, não houve distribuição, não houve sorteio; dentro dele, tudo cabe”, relatou o ex-ministro, que se aposentou em julho deste ano.
Ele também citou as recentes disputas do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). O chefe do Executivo chegou a classificar o ministro de “tapado”, “mentiroso” e até de “filho da puta”.
“Penso que deve haver compenetração, sentar à mesa para conversar”, ponderou Marco Aurélio.