Marcelo Siciliano sobre caso Marielle: “Tentam me pegar pra Cristo”
Em discurso na Câmara do Rio de Janeiro, vereador apontado como suspeito da morte da colega disse que tem conduta ilibada
atualizado
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Pela primeira vez em sete meses, desde que foi apontado como suspeito de envolvimento nas mortes de Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes, o vereador Marcelo Siciliano (PHS) discursou em plenário para negar qualquer ligação com o crime. Em um discurso de mais de meia hora, nesta terça-feira (18/12), o parlamentar fez críticas à postura da Polícia Civil e a uma testemunha do processo que levantou a suspeita de ele ser o mandante do crime. As informações são de O Globo.
“Eu não posso permitir que isso aconteça comigo. Eu tenho uma conduta ilibada. O que fizeram com Marielle foi uma coisa covarde. Tentam me pegar para Cristo. Eu não posso admitir”, disse o vereador,
“Me coloquei à disposição da Justiça para esclarecer todos os fatos. Mas não consegui acesso aos autos, pois alegaram que aparecia na condição de testemunha. Sete meses depois, na sexta-feira pela manhã, vão a endereços relacionados a mim com mandatos de busca e apreensão“, disse o vereador, que foi alvo de uma operação da Polícia Civil na semana passada.
Siciliano ressaltou ser inocente e reiterou que pretende pedir à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, por intermédio da Mesa Diretora, a federalização das investigações do caso. Ele recolheu assinaturas de colegas que concordam com a proposta.
O discurso ocorreu na bancada onde há uma placa em homenagem à vereadora. A tribuna do plenário da Câmara recebeu o nome dela. Marcelo Siciliano disse ainda que teme ser morto para associarem sua morte à de Marielle.