Mantovani: Regina saiu da Cultura pois se cercou de pessoas de esquerda
Ex-presidente da Funarte, que foi exonerado do cargo após a chegada de Regina, disse que Sérgio Camargo é um bom nome para assumir a pasta
atualizado
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O ex-presidente da Fundação Nacional da Arte (Funarte), Dante Mantovani, disse nesta quarta-feira (20/05) em conversa com o Metrópoles que, na sua avaliação, Regina Duarte foi exonerada da Secretaria da Cultura pois se cercou de nomes que não são de direita – espectro ideológico do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“Ela se cercou de pessoas que não tinha nada a ver com Bolsonaro. Até que ela pessoalmente tem simpatia com o presidente, mas o entorno dela, os amigos dela, não”, disse. “Acho que isso foi determinante para a saída”, completou.
O anúncio da exoneração de Regina Duarte foi divulgado na manhã desta quarta-feira (20/05) em um vídeo publicado no perfil do presidente Jair Bolsonaro. Ela, que disse ter recebido um “presente” do governo, vai assumir a Cinemateca de São Paulo.
Dante Mantovani, que foi exonerado da direção da Funarte logo após a chegada de Regina Duarte na Cultura, há três meses, pontuou também que a secretária não estava conseguindo tocar nenhum projeto na pasta.
“Tem um projeto político que foi aprovado nas urnas por 57 milhões de brasileiros, e esses eleitores esperam algo sintonizados pelos seus anseios, tem que ser aliado com o presidente Jair Bolsonaro”, destacou. O músico disse também ter ficado surpreso com a notícia. “Achei que ia ficar um pouco mais de tempo”, completou.
Nome conservador
Mantovani disse que não sabe se vai ser reconduzido ao cargo da Funarte. Perguntado se há esperanças, ele respondeu que “tem que ver quem vai assumir. Se assumir alguém que tem um perfil mais conservador, né…”, afirmou.
Ele defendeu que o atual diretor da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, é um “nome forte” para assumir a Secretaria da Cultura. “O presidente Bolsonaro gosta muito dele”, destacou.
Mantovani disse também que espera do próximo secretário, seja quem for, que consiga “levar arte e cultura para o povo”. Ele ressaltou, contudo, que esse próximo nome deve ser alinhado com o projeto político do presidente Jair Bolsonaro.