Mansueto sobre congelar salário de servidor: “18 meses não são 10 anos”
Secretário do Tesouro Nacional defendeu a aprovação de reformas econômicas e um bom diálogo entre o presidente e o Congresso
atualizado
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O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, defendeu nesta terça-feira (05/05) o congelamento de salários de servidores públicos para enfrentar a crise do novo coronavírus.
Ele destacou que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), já apoiou que a medida seja adotada por 18 meses, ou seja, um ano e meio. “Veja, 18 meses não são dez anos”, relativizou o secretário.
Em entrevista à consultoria política Arko Advice, o secretário considerou a possibilidade de a dívida do país fechar o ano representando 90% do Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo ele, a taxa elevada não representa necessariamente um problema, a depender do que o país vai sinalizar como trajetória.
“Se no final do ano, um país não aprova reforma, dá aumento salarial para servidor público, vai expandir gastos e não tem compromisso, 90% do PIB se torna um patamar perigoso”, avaliou.
Por outro lado, Mansueto defendeu a aprovação de reformas econômicas e um bom diálogo entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o Congresso.
“Se a gente termina o ano com o Congresso aprovando reformas e um bom diálogo políticos entre o Executivo e o Legislativo, 90% do PIB [de dívidas] não vai ser grave”, destacou.
Entre as principais reformas defendidas pelo governo federal está o auxílio financeiro a estados e municípios, batizado de plano Mansueto, em referência ao secretário do Tesouro.
Além disso, o Ministério da Economia trabalha com a defesa de reformas tributária, que mexe nos impostos federais e estaduais, e a administrativa, relacionada a servidores públicos.