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Mansueto pede demissão e avisa Guedes que deixará cargo nos próximos dias

Secretário do Tesouro disse que pretende se dedicar aos trabalhos na iniciativa privada

atualizado

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1 de 1 mansueto almeida - Foto: Reprodução/Youtube

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, comunicou ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que vai deixar o governo nos próximos dias. Ele pediu demissão há cerca de três semanas e avisou Guedes que sua intenção é trabalhar para a iniciativa privada.

Mansueto, que está à frente do Tesouro desde 2018, já vinha manifestando a intenção de deixar o Tesouro desde o segundo semestre de 2019.

Em dezembro, Guedes chegou a anunciar que indicaria o secretário para comandar o futuro Conselho Fiscal da República, previsto para ser criado após a aprovação de um novo pacto federativo pelo Congresso Nacional, que não avançou no Legislativo.

De acordo com a reportagem, o próprio secretário pediu para deixar o posto nos “próximos dias”, pois terá de cumprir quarentena antes de assumir um cargo na iniciativa privada.

Guedes já estaria analisando dois nomes para substituí-lo na função.

Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Mansueto Almeida disse que deve sair em agosto. Segundo ele, o grande fiador da política de ajuste é o próprio Guedes. “O grande fiador do ajuste fiscal é o ministro Paulo Guedes. Então não muda nada (no compromisso do ajuste). O próprio Tesouro Nacional passou por mudanças institucionais importantes nos últimos quatro, cinco anos. Há continuidade muito grande no Tesouro. Foram criados, desde 2015, comitês de governança. Tudo isso dá segurança institucional. Então o próximo secretário vai ter posições muito parecidas com a minha, porque a equipe é exatamente a mesma, as notas técnicas não vão mudar”, disse o secretário.

“Eu tinha duas decisões para tomar. Vamos entrar na fase de planejamento do pós-covid, de retomar as reformas que já estão no Congresso. É a agenda que vai até o fim do governo. Ou eu decidia sair agora, depois do meio do ano, ou eu achava que tinha que ficar até o fim do governo. Estou muito cansado. Aguentaria até o fim do ano, mas começar a trabalhar nas políticas do pós-covid e sair no fim do ano não era legal. Então nessa fase de discutir o pós-covid já entra o novo secretário”

Mansueto não falou quem será o seu sucessor. “Quem vai bater o martelo é o Paulo. Temos diversos nomes bons, muitos com experiência em setor público. Mas novamente, quem o Paulo colocar lá vai seguir exatamente o que eu vinha fazendo, que são as diretrizes do ministro da Economia. E ele é muito claro na defesa do teto de gastos”, enfatizou.

O secretário disse ainda que não há risco de flexibilizar o teto de gasto ou de se ter um retrocesso institucional no país. “Para ter algum retrocesso, teria que mexer com duas peças-chave desse tabuleiro do ajuste fiscal, que são a Constituição e o Paulo Guedes. Não vejo risco com isso”, observou.

Ele ainda negou que já tenha perspectiva de trabalhar em uma instituição financeira. “Uma pessoa me mandou: parabéns pelo seu novo emprego com o nome de uma instituição. Eu disse: que bom que vou ter um emprego que nem sabia ainda”, brincou.

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