Mansão de Flávio Bolsonaro no Lago Sul é alvo de protesto do MTST
Filho do presidente Jair Bolsonaro comprou a casa em janeiro, por R$ 6 milhões. Manifestantes protestam contra inflação, entre outras causas
atualizado
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A mansão do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) foi alvo de manifestação do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).
Os manifestantes ocuparam a parte da frente do imóvel, situado no Setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul, área nobre de Brasília.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) acompanhou o ato. Não houve registro de violência. Os organizadores estimam que 300 pessoas estiveram no local. O protesto acabou por volta de 10h40 desta quinta-feira (30/9).
No Twitter, os participantes do ato fizeram uma live e chamaram a população para protesto, no sábado (2/10), contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Veja o post:
Ocupamos a mansão da rachadinha! Enquanto o povo vai atrás de ossos para se alimentar, o Senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente, esbanja uma mansão de R$6 milhões.#TaTudoCaro#ACulpaÉDoBolsonaro#MTST pic.twitter.com/QrRKFyZylD
— MTST (@mtst) September 30, 2021
Os militantes estão fazendo o ato em frente à residência do senador, colocando cartazes nos muros para protestar contra a fome no Brasil.
“Enquanto o povo está na fila do osso, a família Bolsonaro esbanja luxo com dinheiro duvidoso”, criticou Guilherme Boulos, coordenador nacional do movimento, em publicação no Twitter.
A reclamação também foi defendida por Rud Rafael, coordenador do MTST. “Essa família que está no poder hoje não está preocupada em resolver os problemas do povo, está preocupada em acumular patrimônio para si”, salientou.
Confira a publicação de Boulos:
URGENTE! O MTST faz manifestação agora na mansão de R$6 milhões de Flavio Bolsonaro. Enquanto o povo está na fila do osso, a família Bolsonaro esbanja luxo com dinheiro duvidoso.
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) September 30, 2021
O filho do presidente Bolsonaro comprou a casa em janeiro, por R$ 6 milhões. Parte do total pago pela mansão foi financiado pelo Banco de Brasília (BRB).
“Somos mais de 19 milhões de brasileiros sem feijão, enquanto a família do presidente desfruta de luxos e de mansão”, criticou o MTST, no Twitter.
Este é o segundo ato do movimento em 10 dias. Na semana passada, o MTST invadiu o edifício-sede da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), na região central da capital paulista, também em protesto contra a fome.
As ações fazem parte da jornada contra a fome e a inflação. O MTST iniciou a campanha “Tá tudo caro, a culpa é do Bolsonaro”.
O imóvel
Com 1,1 mil m² de área construída, num terreno de 2,5 mil m², o imóvel tem dois pavimentos, com “preparação para elevador”, piso em “mármore carrara” nos banheiros e “crema marfil” nas salas e suítes, além de “esquadrias em alumínio anodizado com persianas automatizadas”.
O senador parcelou R$ 3,1 milhões via BRB, em 360 meses. A mansão pertencia à RVA Construções e Incorporações, do advogado e empresário Juscelino Sarkis.
O negócio imobiliário foi lavrado com escritura de compra em um serviço notarial de Brazlândia, cidade a cerca de 45 km do Plano Piloto.
Veja imagens do imóvel: