Manifestantes retiram acampamentos da área central do Plano Piloto
Grupos contra e a favor do impeachment da presidente Dilma mudaram barracas para outros locais. Transferência integra plano para garantir segurança
atualizado
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Os grupos que acompanham em Brasília a votação do pedido de afastamento da presidente da República, Dilma Rousseff, em análise na Câmara dos Deputados, transferiram, nesta segunda-feira (11/4), acampamentos montados na área da Esplanada dos Ministérios e adjacências para outros locais do Plano Piloto. A mudança foi negociada e feita por meio de diálogo entre representantes das manifestações e da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social.
Com o acordo, os favoráveis ao impeachment da presidente deixaram os arredores da Praça dos Três Poderes e acampam no Parque da Cidade. Os contrários ao processo de impedimento de Dilma Rousseff — que haviam se instalado ao lado do Teatro Nacional — ficam agora em frente ao Ginásio Nilson Nelson.Desde sexta-feira (8), a pasta informou que não seriam permitidos acampamentos na área central e proximidades. A medida é para que as forças de segurança possam cumprir o planejamento operacional antes e durante o período de votação do impeachment, garantindo o livre direito à manifestação sem colocar em risco a integridade dos cidadãos.
Os batalhões que cobrem as regiões dos acampamentos estão responsáveis pelo policiamento nos locais. A infraestrutura em ambos é dos próprios grupos que se manifestam.
Divisão do gramado
O esquema de segurança na Esplanada dos Ministérios nesta semana, que será mais intenso no período de votação, previsto para 15 a 17 de abril, foi apresentado na tarde de sábado (9) pela Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social. Duas zonas em frente ao gramado do Congresso Nacional foram separadas conforme as preferências políticas dos manifestantes e divididas por um corredor de 80 metros de largura por um quilômetro de comprimento — da Catedral ao Congresso. Acesse o mapa.
Apenas na Esplanada, o planejamento operacional prevê a presença de cerca de 3 mil policiais militares e de 500 bombeiros militares a partir de sexta-feira (15). Caso necessário, o efetivo ainda pode ser aumentado. A Polícia Civil terá 700 agentes por dia atuando nas manifestações e em ações ordinárias. No controle das vias haverá 50 agentes do Departamento de Trânsito.
Nesta segunda-feira (11), o Centro Integrado de Comando e Controle Regional passou a funcionar em regime integral, para que os titulares das forças de segurança acompanhem a movimentação na área da Esplanada dos Ministérios e possam tomar decisões em tempo real.