Repórter é agredido por simpatizantes de Dilma no Palácio da Alvorada
Ato ocorreu em frente ao Palácio da Alvorada logo após a votação que decretou o fim do mandato de Dilma
atualizado
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Com a definição do processo de impeachment no Senado pela cassação do mandato de Dilma Rousseff, protestos contra e a favor do julgamento começaram a fazer barulho na capital federal, ainda que com pouca adesão. Enquanto os manifestantes pró-Dilma se dividiam entre choros e brados de raiva, os favoráveis ao impeachment comemoravam o fim da era petista.
Em frente ao Palácio da Alvorada, local em que a ex-presidente Dilma assistia à sessão que deu fim ao seu mandato, cerca de 200 manifestantes gritavam a seu favor. Com o fim da votação, sobrou até para a imprensa que cobria o protesto.“Vocês têm 99% de culpa, seus paspalhos, manipuladores de notícia”, gritava uma das manifestantes. Em certo momento, o repórter Luiz Fara Monteiro, da TV Record, foi encurralado pelos apoiadores da petista, que passaram a chamá-lo de “golpista” e começaram a jogar pedras e terra em seu rosto. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) teve que intervir e formou um cordão para separar os profissionais da imprensa dos manifestantes que se encontravam no local.
Veja vídeo:
Ao final, a “Frente Brasil Popular”, um dos movimentos responsáveis pelo ato, enviou uma carta “à presidenta legítima” Dilma Rousseff. Nela, o grupo afirma que “atropelaram o resultado eleitoral, condenaram uma mulher inocente e sacramentaram o mais grave retrocesso político desde o golpe militar de 1964”.
Enquanto isso, na Esplanada dos Ministérios, manifestantes favoráveis ao impeachment comemoravam a decisão do Senado. A ativista Kelly Bolsonaro participava da manifestação em cima de um carro de som e comemorou efusivamente o resultado do Senado. Outras pessoas que estavam local gritavam “Tchau, querida” e beijavam a bandeira do país.