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Manifestações pacíficas contra e pró-Lula tomaram conta da Paulista

Embora grupos anti e favoráveis a Lula estivessem a cerca de 200m uns dos outros, não houve confrontos. SSP-SP não fechou plano de segurança

atualizado

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1 de 1 ae3e3b5d-2888-4eee-a985-07e2a8e11eb4 (1) - Foto: Rafaela Feliciano/Metrópoles

Enviada especial a São Paulo – Ainda não há um esquema de segurança definido para os atos em São Paulo relacionados ao julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP-SP), apesar de os grupos contrários e favoráveis ao petista já estarem nas ruas, em mobilizações. Há apreensão entre manifestantes e organizadores de ambos os lados: apenas 200m separam os eventos agendados por aglomerações divergentes.

O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) em São Paulo, Luiz Marinho, afirmou estar preocupado com a falta de proteção no local. Enquanto isso, um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL), o vereador Fernando Holiday, admitiu não ter medo do confronto.

“Nossa expectativa é de tomarmos as ruas de São Paulo para mostrarmos que o povo está com Lula e que, independentemente do resultado, queremos paz e ordem. E paz e ordem é respeitar a Constituição e garantir o direito de Lula ser candidato [à Presidência da República, nas eleições deste ano]”, afirmou Luiz Marinho.

“Tenho um fio de esperança que a Justiça será feita e Lula inocentado, porque essa sentença do [juiz federal Sérgio] Moro é um absurdo, condenou um inocente sem nenhuma prova. O que esperamos é que a polícia do [governador paulista Geraldo] Alckmin, a polícia do PSDB, atue para evitar os provocadores e garanta nosso livre direito de manifestação”, acrescentou Marinho.

Segundo Fernando Holiday, não há previsão sobre o número de participantes nos atos agendados para esta quarta-feira (24/1), quando o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) analisará se mantém a condenação do líder petista a 9 anos e 6 meses de detenção, se extingue ou aumenta a pena. O vereador se diz confiante de que a sentença imposta por Moro a Lula será confirmada pelos desembargadores do TRF-4.

“Nós temos tentado manter um diálogo com a polícia, para evitar que os grupos opostos se encontrem. Esperamos sinceramente que isso não aconteça. Se acontecer, pedimos que os nossos manifestantes evitem provocação e confronto”, afirmou Holiday.

3×0
O coordenador nacional do MBL, Kim Kataguiri, concordou com as afirmações de Holiday e disse: “aposto que o julgamento acaba amanhã [quarta] e com uma vitória de 3×0 pela condenação de Lula”.

Segundo o Movimento Brasil Livre, o combinado com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo é o grupo ficar na Avenida Paulista, durante o julgamento, e a militância petista só ocupar o local caso Lula seja inocentado – neste caso, o grupo contrário ao ex-presidente garante desocupar a área. Já a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o PT dizem que vão reunir os apoiadores do político na Praça da República e caminhar até o Museu de Arte de SP (Masp), de qualquer jeito.

Veja abaixo a mobilização anti-Lula: 

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Os participantes carregavam bandeiras e pixulecos, reivindicando a condenação do ex-presidente Lula
Em São Paulo, ainda não há um esquema de segurança definido para o julgamento do ex-presidente Lula
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Buzine quem for contra: os manifestantes contrários a Lula concentraram-se na Avenida Paulista

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Os participantes carregavam bandeiras e pixulecos, reivindicando a condenação do ex-presidente Lula

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Em São Paulo, ainda não há um esquema de segurança definido para o julgamento do ex-presidente Lula

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Vem Pra Rua

Separados por uma esquina, membros do Vem Pra Rua – os quais defendem a condenação do ex-presidente Lula (PT) – e de diversos movimentos sociais que apoiam a liberação do petista manifestaram-se na Avenida Paulista, na noite desta terça-feira (23). O grupo contrário ao político foi maioria, reunindo cerca de 500 pessoas vestindo roupas verde-amarelas e carregando bandeiras do Brasil. Havia cerca de 100 apoiadores de Lula, devidamente paramentados com camisetas e bandeiras vermelhas, cor do PT.

No quarteirão entre os dois protestos, lojas famosas e os maiores bancos do país optaram por permanecer com as portas abertas. A maioria dos funcionários não quis dar entrevista, mas um lojista confirmou à reportagem: a ordem dos patrões era fechar apenas em caso de confronto – o que não houve. Até mesmo os policiais militares duvidam que algum tipo de violência pudesse ocorrer nesta terça. O clima para os atos previstos para esta quarta, no entanto, gera maior preocupação.

Confira, abaixo, imagens do Movimento Vem Pra Rua:

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As pessoas carregavam bandeiras do Brasil, colorindo a cidade de São Paulo de verde e amarelo
Até mesmo os policiais militares duvidam que algum tipo de violência pudesse acontecer no ato
"Nossa manifestação é em favor da Justiça, que está sendo atacada", disse a porta-voz do Movimento Vem Pra Rua
O protesto foi pacífico e terminou por volta das 20h30 desta terça
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Cerca de 500 manifestantes fizeram parte do ato anti-Lula nesta terça (23/1)

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As pessoas carregavam bandeiras do Brasil, colorindo a cidade de São Paulo de verde e amarelo

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Até mesmo os policiais militares duvidam que algum tipo de violência pudesse acontecer no ato

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"Nossa manifestação é em favor da Justiça, que está sendo atacada", disse a porta-voz do Movimento Vem Pra Rua

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O protesto foi pacífico e terminou por volta das 20h30 desta terça

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Nossa manifestação é em favor da Justiça, que está sendo atacada. Escolhemos fazer hoje [terça], para não se confundir com comemoração de resultado. E sabemos que existe risco de confusão amanhã [quarta], por isso a gente quer seguir de forma pacífica e contando com o apoio de todo mundo

Adelaide Oliveira, porta-voz do Vem Pra Rua

Por volta das 20h30, os manifestastes começaram a deixar, aos poucos, a Paulista. Mas retornam dentro de algumas horas: o julgamento dos recursos de Lula contra sua condenação em primeira instância, de outros três condenados no mesmo processo e do Ministério Público Federal, que apela contra a absolvição de mais três envolvidos, está marcado para começar às 8h30 desta quarta, em Porto Alegre.

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