Mandetta sobre o Mais Médicos: “Improvisar na saúde sempre acaba mal”
Futuro ministro da Saúde disse ainda que pode haver uma mudança na forma de revalidar o diploma dos profissionais estrangeiros
atualizado
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Anunciado na tarde desta terça-feira (20/11) como ministro da Saúde no governo de Jair Bolsonaro, o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MT) concedeu sua primeira entrevista depois de ser escolhido para comandar a pasta.
Questionado sobre como irá resolver a saída dos médicos cubanos do país, o futuro ministro desconversou. Disse apenas que “improvisar em saúde sempre acaba mal e que desta vez não foi diferente”. O deputado federal disse, ainda, que pode haver uma mudança na forma de revalidar o diploma dos médicos estrangeiros, como, por exemplo, avaliar o trabalho dos médicos no próprio local.
“Esse (a ruptura do projeto) era um dos riscos de se fazer um convênio e terceirizar uma mão de obra tão essencial. Me pareceu muito mais um convênio entre Cuba e o PT, e não entre Cuba e o Brasil, porque não houve uma tratativa bilateral, mas sim uma ruptura unilateral (por parte de Cuba)”, explicou Mandetta.
Desde a campanha, o futuro presidente do Brasil vem afirmando que a melhora da saúde no país será uma de suas prioridades. “A gente tem uma agenda muito grande para trabalhar, não dá para dizer o que terá mais atenção. Em saúde não tem como você dizer que A é prioridade em relação à B”, afirmou Mandetta.
O futuro ministro é investigado por suposta fraude em licitação, tráfico de influência e caixa 2 no contrato para implementar um sistema de informatização na saúde em Campo Grande, no período em que foi secretário. No entanto, ele tentou afirmar que isso não é importante.
“Sempre tive orgulho de quando fui secretário de Saúde, exigia auditorias de 15 em 15 dias. A gente se sente desconfortável, mas quem é pessoa pública tem de se submeter a isso. Não sou réu. No momento, o presidente entende que é importante contar com essa união para avançar agora”, disse.