metropoles.com

Mandetta: “Se não for pela ciência, país não sai da pandemia”

Ex-ministro evitou críticas diretas a Bolsonaro e a seu substituto, Nelson Teich, que ficou menos de um mês no cargo: “Não seria ético”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Igo Estrela/Metrópoles
Ministro Luiz Henrique Mandetta fala sobre acordo com a China
1 de 1 Ministro Luiz Henrique Mandetta fala sobre acordo com a China - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Diante do impacto com a notícia da demissão de Nelson Teich do Ministério da Saúde, o antecessor na pasta, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), pediu orações ao país, ao mesmo tempo que pediu a ciência na liderança do enfrentamento à pandemia.

A frase foi dita, inicialmente, em seu café-da-manhã, quando a demissão de Teich ainda não havia sido divulgada. O substituto de Mandetta não completou um mês no cargo: “Ciência, paciência e fé”, repetiu algumas vezes.

Em entrevista ao Metrópoles, Mandetta apontou que o Brasil precisa retomar  justamente esse caminho como base para as decisões políticas referentes à saúde. “Não tenho dúvida disso. Ciência é tudo. Se não for via ciência, não sai”, disse.

“O que vai determinar a retomada do mundo, esse novo normal, é a capacidade da ciência de interpretar, organizar, provar. O único caminho é por aí. Ciência, paciência e fé”, enfatizou algumas vezes ao longo da conversa.

Desde que saiu do governo, o ex-ministro tem evitado confrontos políticos. Ele também foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro após várias divergências públicas em relação à necessidade de isolamento social para o combate à pandemia.

Para Mandetta, o país não pode pensar em uma única forma ou data para a saída do isolamento social por haver “momentos diferentes da doença” no território nacional. Segundo ele, não há como se respeitar uma única norma federal, determinando a abertura do comércio e de serviços, visto que dentro de um país de proporções continentais como o Brasil há realidades diferentes.

“Não existe receita de bolo para o Brasil”, disse. “O Brasil é muito diferente. Você tem a região norte, totalmente diferente da sul, da sudeste. Cada uma é cada uma e está em um momento diferente da doença. Por isso, tudo deve ser feito dentro do SUS (Sistema Único de Saúde), pactuando caso a caso”.

Bolsonaro tem insistido na abertura do comércio e no fim do isolamento social em todo país. O presidente também tem protagonizado discussões públicas com os governadores, que tem se recusado a seguir o seu posicionamento.

Mandetta, por sua vez, evitou fazer críticas diretas ao presidente e ao seu substituto. “Não comento porque não seria ético”, disse.

Ao se esquivar de assuntos da política, o ex-ministro disse que tem se dedicado a estudar e a trocar informações com cientistas de todo mundo, aproveitando a interlocução que conseguiu enquanto era ministro. “Sou político, mas estou de férias”, disse.

“Estou estudando e trabalhando no pós-coronavírus, em cenários pós pandemia. Vamos ter que discutir uma nova OMS (Organização Mundial de Saúde), um novo regulamento sanitário internacional, o trânsito de pessoas, o trânsito de mercadorias, a concentração de insumos de saúde em um só país, um sistema de vigilância para vírus e bactérias, que tem que ser muito mais agressivo e muito mais presente”, defendeu.

“As pessoas me chamam para debates por videoconferência, para grupos de trabalho. São pessoas que estão pensando junto com o mundo, academias, universidades mundo afora. Em função de eu ter conhecido muito eles, internacionalmente, é natural que me chamem”,  justificou.

11 imagens
O uso de máscara é obrigatório em locais fechados
Especialistas apostam que testagem em massa pode ajudar a diminuir o ritmo da pandemia
A recomendação é ficar em casa. Mas, se for sair, use máscara
Resultado dos testes rápidos era divulgado pela internet
Testagem em massa está sendo realizada no DF
1 de 11

Máscaras de proteção contra o coronavírus

Tai's Captures/Unsplash
2 de 11

O uso de máscara é obrigatório em locais fechados

Hugo Barreto/Metrópoles
3 de 11

Especialistas apostam que testagem em massa pode ajudar a diminuir o ritmo da pandemia

Rafaela Felicciano/Metrópoles
4 de 11

A recomendação é ficar em casa. Mas, se for sair, use máscara

Hugo Barreto/Metrópoles
5 de 11

Resultado dos testes rápidos era divulgado pela internet

Hugo Barreto/Metrópoles
6 de 11

Testagem em massa está sendo realizada no DF

Hugo Barreto/Metrópoles
7 de 11

Profissionais de saúde trabalham para controlar a pandemia no Brasil e no mundo

Hugo Barreto/Metrópoles
8 de 11

Equipe de médicos e enfermeiros aplaude paciente que recebeu alta

Rafaela Felicciano/Metrópoles
9 de 11

Talita Souza Carmo, professora especialista em bioprocessos e fermentação, está na linha de frente do combate à Covid-19

Arquivo pessoal
10 de 11

Lugares públicos, como o Metrô-DF, são higienizados preventivamente contra o novo coronavírus

Igo Estrela/Metrópoles
11 de 11

Metrô faz limpeza preventiva contra o novo coronavírus durante a madrugada

Igo Estrela/Metrópoles

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?