Mais de 10,6 mil brasileiros vão votar em cédula de papel no exterior
Para isso, 64 urnas de lona serão enviadas para países da África, do Caribe, da América Central, da América do Sul, e da Europa
atualizado
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A votação em cédulas de papel ainda é uma realidade para eleitores brasileiros residentes no exterior, mas nem todos. A Justiça Eleitoral informou que 10.698 cidadãos do Brasil votarão em cédulas em 171 cidades estrangeiras. O uso das urnas de lona foi opção diante das dificuldades de acesso à energia elétrica e dos embaraços alfandegários para a entrada de equipamentos eletrônicos.
As 64 urnas de lona (quatro delas de reserva) serão enviadas para países da África, do Caribe, da América Central, da América do Sul, e da Europa. O transporte de todas as unidades ficará a cargo do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Com um total de 2.353 eleitores brasileiros aptos a participar do pleito, a cidade boliviana de Santa Cruz de La Sierra possui maior colégio eleitoral entre os municípios da Bolívia que farão votação manual.
Nos locais em que serão utilizadas as urnas de lona, a apuração ficará a cargo das equipes das embaixadas, cabendo ao embaixador o papel de juiz eleitoral. Aos servidores serão oferecidos treinamentos a distância para uso do equipamento.
Dados
No total, segundo a Justiça Eleitoral, 500.727 brasileiros estão aptos para votar em 171 cidades no exterior. O maior colégio eleitoral é Boston, nos Estados Unidos, para onde serão enviadas 46 urnas eletrônicas. Depois, Miami (EUA), com 45 urnas. Os Estados Unidos, Japão e Portugal são os países com maior número de eleitores do país.
O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) iniciou o processo de preparação de 680 urnas que serão usadas no exterior durante as eleições presidenciais.
Perfil
De acordo com a Justiça Eleitoral, 58,4% dos eleitores brasileiros no exterior são mulheres, e 41,6% homens. A faixa etária mais predominante é a compreendida entre 35 e 39 anos. Em relação ao nível de escolaridade, 34,26% dos cidadãos aptos a votar têm nível superior completo; 28,51% têm ensino médio completo; e 13,46% superior incompleto.