Maia, sobre Suzano: “Não digam que professor armado evitaria”
Presidente da Câmara dos Deputados comentou atentado de ex-alunos que mataram 10 pessoas em Suzano (RS)
atualizado
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), comentou, na tarde desta quarta-feira (13/3), o ataque a uma escola em Suzano (SP), que deixou dez mortos. Segundo ele, não é momento de se falar que se alguém no local estivesse armado o atentado poderia ter sido evitado ou vitimado menos pessoas.
“É uma tragédia, um momento de ter solidariedade com as famílias. Pelo amor de Deus, o que eu espero é que ninguém diga que se o professor estivesse armado resolveria ou evitaria o problema”, afirmou. No entanto, Maia não quis comentar o fato do filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), ter ido às redes sociais pedir a liberação da posse de arma.
Sobre o ataque ao colégio paulista, o presidente da Câmara disse ainda que o momento é de se falar pouco e pensar nas vítimas da tragédia. “Depois, pensaremos em como a segurança pública precisa ser melhorada. O debate hoje [na Câmara] é da posse de armas, Se formos falar de porte, passaremos ao debate da barbárie e que não deve avançar por aqui”, completou.
Entenda
Na manhã desta quarta-feira, dois atiradores entraram em uma escola na cidade de Suzano, 50 km de distância de São Paulo, e dispararam contra alunos e funcionários. Segundo o Corpo de Bombeiros, foram atingidas dezenas de pessoas. Ao menos 23 foram encaminhadas a hospitais.
De acordo com a Polícia Militar de São Paulo, os dois atiradores são ex-alunos da instituição de ensino. Guilherme Taucci Monteiro, que efetuou parte dos disparos, tinha 17 anos. Luiz Henrique de Castro, sue comparsa, tinha 25. O aniversário de Luiz Henrique seria no próximo dia 16, quando ele faria 26 anos. Já Monteiro atingiria a maioridade no dia 5 de julho. O
A investigação aponta que, após os assassinatos, Guilherme matou Luiz Henrique e depois se suicidou. Segundo a polícia, os dois tinham um pacto de que fariam o ataque e depois se matariam. E que andavam pesquisando na internet massacres em escolas dos Estados Unidos.
Morreram, vítimas do ataque, cinco alunos do ensino médio: Pablo Henrique Rodrigues, Cleiton Antônio Ribeiro, Caio Oliveira, Samuel Melquíades Silva de Oliveira e Douglas Murilo Celestino. Jorge Antônio de Moraes, comerciante que trabalhava perto do local e era tio de um dos atiradores, chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu. Marilena Ferreira Vieira Umezo e Eliana Regina de Oliveira Xavier, funcionárias do colégio, também estão entre as vítimas.