Maia sobre Guedes: “Vendedor de redes que vende como quer”
Presidente da Câmara deu a declaração no contexto do novo plano para regularizar a situação fiscal do estados
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), rebateu nesta quinta-feira (09/04) os números de impacto fiscal da área econômica sobre o “Plano Mansueto Light“, de recuperação fiscal a estados e municípios durante a crise do novo coronavírus. O deputado chamou o ministro da Economia, Paulo Guedes, de “vendedor de redes, que vende as coisas do jeito que quer, da forma que quer”.
Guedes alegou que a proposta idealizada por Maia era uma “pauta bomba” ao orçamento da União, devido aos R$ 180 bilhões de impacto fiscal. Maia ressaltou que o número é falso e que geraria uma despesa de R$ 49 bi — R$ 35 bi de ICMS, R$ 9 bi da suspensão da dívida e R% 5 bi do ISS –, além de R$ 50 bilhões disponíveis para empréstimos.
“[O ministro da Economia] Paulo Guedes é vendedor de redes. Vende as coisas do jeito que quer, da forma que quer”, rebateu Maia durante coletiva de imprensa. O presidente da Câmara disse ainda que o Parlamento está aberto a dialogar, mas com um debate “sério” e “técnico”.
“Na verdade o governo não quer atender os estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Neste debate [de pauta boma] não vou entrar, vou entrar no debate técnico”, afirmou. E completou: “Aceitar números que não existem não faz nenhum sentido. E é o que Paulo Guedes tem feito”.
Maia tentou votar o projeto nesta semana, mas não houve consenso entre os deputados e a equipe econômica. Segundo o presidente, após Guedes ter “vendido a tese” referente ao alto impacto fiscal, líderes decidiram adiar a votação. “Mas temos convicção do que estamos fazendo”.