Maia recebe líderes da base para discutir reforma da Previdência
Deputados se articulam e planejam um calendário que garanta a aprovação da proposta original enviada pelo governo
atualizado
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Parlamentares integrantes da Comissão Especial criada para debater a reforma da Previdência e líderes da base aliada do governo participam de uma série de reuniões para discutir a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, que propõe reformas ao sistema previdenciário.
Encerrado nesta terça-feira (14/3) o prazo para a apresentação de emendas ao projeto, os deputados da base governista se articulam e planejam um calendário que garanta a aprovação da proposta original enviada pelo governo.
Em busca de consenso, os parlamentares discutiram sobre o andamento dos trabalhos das comissões e levantaram os principais pontos que ainda geram divergências nos partidos.
“O que nós queremos com essa reunião é saber onde estão as dúvidas, pra que a gente possa mostrar a cada um dos deputados e deputadas que cada um dos pontos que foi colocado na reforma da Previdência tem a sua importância e o seu objetivo, pra que a gente possa no curto prazo estabilizar esse crescente deficit da previdência”, disse Maia após a reunião na residência oficial.
Após o café da manhã com Maia, alguns dos parlamentares seguiram para o Palácio do Planalto, onde se reuniram com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Junto com o ministro da Secretaria do Governo, Antônio Imbassahy, Padilha tem trabalhado nas articulações para a aprovação das propostas do governo no Congresso Nacional.
O ministro voltou nesta segunda-feira (13) ao trabalho e se reuniu com líderes da Câmara para reforçar a importância da aprovação da reforma. Para tratar do assunto, Rodrigo Maia recebe ainda hoje (14) em sua residência, o ministro Imbassahy e o relator da proposta, o deputado Arthur Maia (PPS-BA) .
Emendas
Até esta segunda, foram protocoladas na Câmara 65 emendas à PEC 287/2016, a maioria por parlamentares da oposição. No entanto, na base aliada, como já adiantou o relator da proposta, também não há consenso ainda.
Os principais pontos de divergência tem sido a idade mínima para se aposentar de 65 anos, para homens e mulheres; o tempo total de contribuição de 49 anos para garantir a aposentadoria integral e as aposentadorias especiais, entre outras questões.
Maia minimizou o número de emendas apresentadas e voltou a argumentar que os pontos apresentados são “defensáveis” e necessários para reaquecer a economia.
“Se a gente começar a dilapidar a reforma da Previdência, daqui a pouco os efeitos da reforma serão inócuos. (…) O desafio não é o número de emendas. O nosso desafio é mostrar para os parlamentares que essa matéria precisa ser votada e aprovada”, afirmou. Maia disse ainda que a proposta deve chegar ao plenário da Câmara até o final de abril e ser votada até o fim do semestre.