Maia: plano do governo para manter veto à desoneração “não tem mágica”
O Congresso havia aprovado desoneração da folha de pagamento até 2021. O presidente Jair Bolsonaro, contudo, vetou o dispositivo
atualizado
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta terça-feira (14/7) que “não tem mágica” para a estratégia do governo de fazer com que o Congresso Nacional mantenha o veto presidencial à desoneração da folha de pagamento. O Ministério da Economia estuda enviar uma “minirreforma” tributária para o Parlamento com corte de impostos sobre a folha empresarial.
“Só posso falar daquilo que eu conheço. Eu não conheço [a minirreforma]. Só digo que não tem mágica. Precisamos manter os empregos, sabemos que a desoneração por mais de um ano seria um período muito longo, um custo grande”, disse Maia em coletiva de imprensa.
A proposta do Executivo seria de uma desoneração por ao menos seis meses, em vez de um ano, prazo inicialmente aprovado pelos parlamentares na Medida Provisória (MP) 936, que trata da redução de jornada e na suspensão de contrato de trabalho durante a pandemia do novo coronavírus.
Para Maia, a prorrogação para 2021 é “perfeitamente possível” para o governo incluir no orçamento. “Claro que se o Parlamento derrubar o veto, cabe ao Parlamento também encontrar os caminhos para fechar o orçamento de 2021”, completou.
O presidente da Câmara reforçou que defende a derrubada do veto e afirmou que não foi procurado pelo governo para conhecer a “minirreforma” tributária que será oferecida em troca da manutenção do veto do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).