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Maia: não temo a Lava Jato, enredo sobre a minha citação é falso

Recém-eleito, o democrata foi citado em um acordo de delação premiada da Odebrecht e nega qualquer preocupação

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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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1 de 1 1060740-04012017-pzzb4501 - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira (2/2) que “não teme” a Operação Lava Jato. Recém-eleito, o democrata foi citado em um acordo de delação premiada da Odebrecht. “O enredo sobre a minha citação é falso”, declarou à imprensa.

Para Maia, caberá ao novo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, decidir se divulga ou não o conteúdo dos 77 depoimentos da Odebrecht. “A independência do relator tomar todas essas decisões é importante”, avaliou Maia.

Maia não quis comentar a iniciativa do senador Romero Jucá (PMDB-RR) de apresentar um projeto para quebrar o sigilo de todas as delações. “Primeiro eu preciso ler o teor do projeto”, respondeu. O novo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), já sinalizou apoio ao texto.

Sobre a ida de Fachin para a relatoria da Lava Jato STF, por meio de sorteio, na manhã desta quinta-feira, Maia declarou que não cabe ao presidente da Câmara analisar a escolha. Ele elogiou a conduta de todos os ministros da Corte e considerou que todos possuem qualidades para exercer a função.

Reformas
Maia voltou a afirmar que a Câmara deve ser “reformista” e precisa atuar com mais protagonismo. “Precisamos terminar 2018 com a certeza de que a Casa comanda a reforma do Estado brasileiro”, declarou. Ele confirmou que a comissão especial da reforma previdenciária será instalada na próxima semana, sob relatoria de Arthur Maia (PPS-BA).

Para Maia, foi justamente a condução das matérias econômicas do governo durante a sua gestão que garantiu apoio absoluto da base aliada e da sociedade. Ele espera que a reforma da previdência seja finalizada “o mais rápido possível”, porém com tempo suficiente para ampliar o debate sobre o assunto “polêmico”. Pelos cálculos do presidente, a tramitação da reforma da previdência deve ser encerrada na Casa até a metade do ano.

Outra prioridade do democrata será a reforma trabalhista. Após ser eleito, Maia afirmou que a comissão especial da proposta também deverá ser instalada em breve, com a designação de Rogério Marinho (PSDB-RN) para a relatoria. Alinhado com o governo, o democrata disse que buscava alguém com tendência liberal para a vaga. Até o final de sua nova gestão, ele planeja ainda discutir o pacto federativo e a reforma política.

Maia, que venceu a eleição em primeiro turno, com 293 votos, afirmou que o resultado não o surpreendeu. “Eu tinha uma expectativa de 300 votos, mas voto secreto sempre tem uma perda, é natural. O importante é que eu venci. Se tivesse tido a quantidade mínima para me eleger, 253 votos, já estaria satisfeito”, declarou.

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