Maia formula agenda econômica de 12 pontos com equipe de Temer
Presidente da Câmara anunciou nesta terça (20/3) conversas com representantes do Banco Central para definição de pauta para o Legislativo
atualizado
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O presidente da Câmara dos Deputados e pré-candidato à Presidência da República, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira (20/3) que está construindo agenda de 12 pontos econômicos com a equipe do Banco Central (BC). Em discurso durante o lançamento da Agenda do Legislativo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Maia defendeu reforma de despesas do Estado brasileiro.
“Estamos construindo uma agenda de 12 pontos com eles para que a gente possa votar projetos que também garantam uma colaboração grande na taxa de crescimento do Brasil”, disse Maia, sem especificar as medidas ou quando deverão ser lançadas. O presidente da Câmara se reuniu na manhã desta terça (20) com diretores do BC.
De acordo com Maia, é preciso que o Congresso “mantenha o foco”, em 2018, na votação de pautas defendidas pelo setor privado e governo federal. “Estamos muito longe de um modelo onde o Brasil possa crescer e gerar emprego”, disse.
Justiça do Trabalho
Ao defender a aprovação da reforma trabalhista, Rodrigo Maia criticou os questionamentos feitos por setores da Justiça do Trabalho às mudanças promovidas pela nova legislação. “Está na hora de o Congresso reagir de forma contundente a essa afronta. A Justiça do Trabalho custa muito caro para o Brasil”, afirmou.
Pauta legislativa
A Agenda Legislativa da CNI contém 129 propostas em discussão no Congresso consideradas como prioritárias pelo setor industrial. Entre as pautas, estão a nova lei de licitações, o marco legal das agências reguladoras e a Lei Nacional de Licenciamento Ambiental. O documento reforça ainda o apoio da confederação à reforma da Previdência.
Com votação marcada inicialmente para fevereiro deste ano, a proposta foi abandonada pelo governo federal após falta de apoio na Câmara dos Deputados. A tramitação do projeto na Casa foi oficialmente suspensa após o decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro, em 16 de fevereiro.
As pautas, segundo o presidente da CNI, Robson Braga, tem como objetivo reforçar a segurança jurídica do setor industrial. Braga teceu críticas ao que chamou “falta de respeito entre as instituições”. “Falta respeito na forma como agentes públicos, desde fiscais a auditores, dominam o cenário político e econômico do Brasil e direcionam as decisões que tomamos no dia a dia”, disse.