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Maia é voz resistente à adesão do DEM ao governo de Bolsonaro

Essa adesão foi defendida com veemência pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, durante a convenção do partido

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Rodrigo Maia reeleito
1 de 1 Rodrigo Maia reeleito - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi uma voz de resistência a uma adesão incondicional do partido, o Democratas, ao governo de Jair Bolsonaro (PSL). Segundo ele, o Brasil precisa ter “racionalidade” e “menos discurso para fora”.

“Meus discursos não são tão eloquentes como o do governador Caiado, do ministro Onyx (Casa Civil), ou do líder Eumar Nascimento, mas o que eu tento é ser sempre muito racional. O Brasil está precisando de mais racionalidade, menos discurso para fora e mais compromisso com a pauta de mudanças que o país tanto precisa”, avaliou o democrata.

Essa adesão foi defendida com veemência pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, durante a convenção do partido que reconduziu o prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto, ao cargo de presidente da legenda.

Maia defendeu e teve aprovada pelo partido uma moção de apoio à reforma da Previdência. Ao fazer essa defesa, lembrou que sempre foi um defensor da proposta e já pagou um preço político por isso. Neste ponto, Maia se diferencia do presidente Jair Bolsonaro, que teve uma posição contrária à reforma quando era parlamentar.

“Já perdi muito voto por defender, desde sempre, a reforma da Previdência. Acho que ela é necessária para mudar essa realidade tão ruim para nossa população. A reforma vai garantir equilíbrio fiscal, previdenciário e vai fazer com que o setor privado olhe o Brasil com respeito e credibilidade e com investimentos de longo prazo”, defendeu Maia.

O presidente da Câmara ainda falou sobre a necessidade de se construir uma agenda para o país que vai além das mudanças nas aposentadorias, enfatizando a independência entre os poderes. “O Poder Executivo constrói uma agenda e o Parlamento discute. Com essa agenda de diálogo e equilíbrio aprovada que nós podemos construir um país com menos desempregados”, discursou.

Maia ainda ressaltou o papel de Onyx no diálogo com o parlamento e disse que é o ministro, que pertence ao partido, quem tem garantido a relação de respeito ao parlamento.

Ao sair, o presidente da Câmara confessou ainda que gostou de ouvir o discurso do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que também ressaltou essa posição de independência. “O discurso, tanto meu quanto do presidente Davi, foi na linha de mostrar que o mais importante é a agenda, e aprovar as reformas. Estar ou não no governo é uma questão secundária”, disse Maia. “O governador Caiado vem falando isso há muito tempo, mas os parlamentares ainda não têm esse entendimento”, ressaltou.

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