metropoles.com

Maia: “É preciso pensar em PEC para reduzir salário de servidores”

Após decisão do Supremo sobre invalidade da Lei de Responsabilidade Fiscal, parlamentar afirmou que será o “único caminho”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Igo Estrela/Metrópoles
Câmara-Rodrigo Maia-Previdência
1 de 1 Câmara-Rodrigo Maia-Previdência - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) indicar que vai declarar a invalidade do dispositivo da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) que permite reduzir salários de servidores, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que será preciso pensar numa Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para abrir caminho à diminuição nos salários e na jornada do funcionalismo.

“Terminando o julgamento, será o único caminho”, disse. O presidente afirmou que ainda não há articulação nesse sentido no Congresso Nacional, mas que será necessário pensar na medida.

O plenário do STF formou maioria para declarar inconstitucional a redução de salários do funcionalismo mediante diminuição na jornada. Os ministros que votaram pela inconstitucionalidade desse dispositivo, previsto na LRF, afirmaram que o receituário previsto na Constituição permite até mesmo a demissão desses servidores – mas não a diminuição de salário, que é irredutível. Os ministros não questionaram o dispositivo constitucional que permite a exoneração de servidores com estabilidade em caso de necessidade para reenquadrar os gastos com pessoal aos limites da lei.

Uma PEC teria o condão de dar status constitucional ao instrumento de redução de jornada e salário – equiparando-o ao dispositivo que permite a demissão, previsto no artigo 169 da Constituição. Para valer, no entanto, uma proposta nesse sentido precisaria ser aprovada por 308 deputados e 49 senadores em dois turnos de votação.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, apoia uma iniciativa do Congresso Nacional para colocar na Constituição a possibilidade de reduzir salário de servidor mediante corte na jornada. Segundo ele, embora não haja placar definitivo no plenário do STF, o cálculo que precisa ser feito é o prejuízo que se pode ter com despesas de pessoal crescentes nos Orçamentos dos Estados.

“A despesa com pessoal está colapsando os serviços à sociedade. Temos que reduzir danos. Vamos suprimir serviços à sociedade (com demissão de servidores, permitida pela Constituição) ou adotar a opção de apenas reduzir esses serviços?”, questionou Leite.

O governador disse que é possível que haja servidores que inclusive gostariam de ajustar a jornada de trabalho. A situação do Rio Grande do Sul é tão grave que, segundo Leite, é impossível retornar aos limites de gasto com pessoal da LRF no prazo legal atual de oito meses. “Serão necessárias fortes medidas de ajuste”, afirmou.

O governador admitiu que o Estado vai estudar a alternativa apresentada pelos próprios ministros do STF – de demitir servidores –, caso seja necessário e diante do cenário em que ferramentas menos drásticas têm sido insuficientes para o ajuste. Mesmo assim, ele defendeu uma saída legislativa para o tema. “O desejo é pela medida de menor custo social”, afirmou.

“Se impõe a discussão de alternativas. Se não esta [de redução de salários], quais?”, acrescentou.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?