Maia diz que fechamento da Ford é reflexo da falta de credibilidade do governo
O parlamentar utilizou o anúncio da montadora norte-americana para criticar governo e voltar a defender reformas
atualizado
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, nesta segunda-feira (11/1), que o fechamento da Ford no Brasil é uma demonstração da falta de credibilidade do governo brasileiro. O parlamentar utilizou a situação para voltar a defender reformas, criticando o “sistema” e defendendo a “modernização do Estado”.
“O fechamento da Ford é uma demonstração da falta de credibilidade do governo brasileiro, de regras claras, de segurança jurídica e de um sistema tributário racional. O sistema que temos se tornou um manicômio nos últimos anos, que tem impacto direto na produtividade das empresas”, escreveu Maia.
O fechamento da Ford é uma demonstração da falta de credibilidade do governo brasileiro, de regras claras, de segurança jurídica e de um sistema tributário racional. O sistema que temos se tornou um manicômio nos últimos anos, que tem impacto direto na produtividade das empresas.
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) January 11, 2021
“Espero que essa decisão da Ford alerte o governo e o parlamento para que possamos avançar na modernização do Estado e na garantia da segurança jurídica para o capital privado no Brasil”, acrescentou.
Maia endossou a crítica já feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que classifica o sistema tributário brasileiro como “um manicômio” e voltou a defender a “modernização do estado”, em referência as reformas administrativa e tributária, das quais é entusiasta.
A montadora norte-americana anunciou, nesta segunda-feira, que encerrará a produção de veículos em suas fábricas no Brasil, após 67 anos. Ao todo, a empresa possui 6.171 funcionários no país. A empresa chegou ao Brasil em 1919, quando apenas montava os primeiros Modelos T com partes todas importadas dos Estados Unidos.
Em comunicado, a empresa diz que a decisão foi tomada “à medida em que a pandemia de Covid-19 amplia a persistente capacidade ociosa da indústria e a redução das vendas, resultando em anos de perdas significativas”.