Maia diz que Bolsonaro tem culpa pelas 200 mil vidas perdidas no Brasil
Mais cedo, o presidente da Câmara chamou o presidente da República de “covarde” nas redes sociais
atualizado
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), partiu para o ataque contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O parlamentar afirmou, neste sábado (9/1), que Bolsonaro tem culpa pelas 200 mil vidas perdidas até agora no país e o chamou de “covarde”. Até as 20h dessa sexta-feira (8/1), o país havia registrado 8.015.920 casos e 201.406 mortes por causa da Covid-19.
Bolsonaro: 200 mil vidas perdidas até agora. Você tem culpa.
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) January 9, 2021
Mais cedo, Maia chamou Bolsonaro de “covarde” em uma publicação no Twitter, na qual compartilhava uma nota da coluna Radar, da Veja, apontando uma suposta insatisfação do presidente com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. “Bolsonaro é covarde”, escreveu Maia ao compartilhar a notícia com o título “Bolsonaro culpa Pazuello por perda de popularidade e atraso da vacina”.
De acordo com a coluna da revista, a insatisfação foi manifestada na reunião ministerial convocada pelo Planalto na última semana.
Após pressão, o Ministério da Saúde anunciou nesta semana um contrato para comprar 100 milhões de doses da Coronavac, vacina contra Covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceira com o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo. Segundo Pazuello, a vacinação deve ser iniciada este mês, porém, não há data definida.
Procurada, a Secretaria de Comunicação da Presidência não comentou a declaração do presidente da Câmara até a publicação.
Antes da ofensiva contra o presidente, Maia foi acusado pelo líder do centrão, Arthur Lira (PP-AL), candidato de Bolsonaro à presidência da Câmara, de “repressão” e “ameaça”. O candidato de PP disse ainda que Maia conduziu a Câmara de forma personalista e que a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) é fruto de uma imposição.
O presidente da Câmara ironizou Lira, chamando-o de “Bolsolira” e destacando que o parlamentar usa das mesmas práticas de “narrativas falsas” que Bolsonaro, a quem Maia se referiu como chefe de Lira.