Maia diz que “Bolsolira” usa as mesmas práticas do “seu chefe” Bolsonaro
O candidato do Palácio do Planalto acusou o presidente da Câmara e líderes partidários de “repressão” e “ameaça”
atualizado
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse, neste sábado (9/1), que o deputado Arthur Lira (PP-AL), candidato do presidente Jair Bolsonaro à Presidência da Câmara, usa das mesmas práticas de “narrativas falsas” que Bolsonaro, a quem Maia se referiu como chefe de Lira.
“Cada vez mais, o candidato do Bolsonaro usa das mesmas práticas do seu chefe. Por isso que cada vez mais eu ouço ele ser chamado de Bolsolira. Antes mesmo da eleição, ele já começa a usar práticas do seu chefe. E eu prefiro responder ao chefe dele, como fiz ontem em relação às críticas às alianças no nosso campo”, afirmou Maia.
“Esse tipo de atitude, com narrativas falsas, tentando transferir para o nosso campo atitudes que o padrinho dele defende e aplaude, é demonstração do desespero que já bateu na campanha do candidato do Bolsonaro”.
Mais cedo, pelo Twitter, Lira acusou, sem citar nomes, Maia e líderes de partidos do bloco liderado por ele de “repressão” e “ameaças” de exoneração. O candidato do PP disse ainda que Maia conduziu a Câmara de forma personalista e que a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) é fruto de uma imposição.
Nesta sexta-feira (8/1), Bolsonaro ironizou a união entre Maia e deputados do PT em apoio à candidatura de Rossi. Na ocasião, o presidente citou o voto favorável de Maia ao impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016, e caracterizou a suposta mudança de lado do deputado como um “jogo de poder”.
Em resposta, Maia ressaltou que o bloco liderado por ele em torno da candidatura de Rossi se uniu “para condenar o autoritarismo, o fascismo e a incompetência” e lembrou que atitudes autoritárias de Bolsonaro, assim como o deboche do chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, em relação ao centrão durante a campanha presidencial de 2018.